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Taxa de juros em baixa reverte na inflação em alta
Karina Nappi
Do Diário do Grande ABC
06/09/2011 | 07:10
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Depois da redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros da economia - Selic - anunciada na quarta-feira pelo Banco Central, o Boletim Focus, estudo da entidade para os principais indicadores econômicos do País, aponta alta nos índices de inflação, queda no Produto Interno Bruto e na produção industrial brasileira.

O boletim tem como objetivo divulgar as metas do BC para os índices que movimentam diretamente a vida da população, como o aumento da inflação sobre produtos e serviços, a redução da demanda por compras e as vendas para o mercado internacional de mercadorias produzidas no País.

Desta forma, o IPCA que mede diretamente os preços dos alimentos consumidos pela sociedade subiu para 6,38% nesta leitura, ante aos 6,31% da divulgação semanal anterior. Na mesma levada, o IGP-M, índice que regula o preço dos aluguéis, passou de 5,52% para 5,61%. O IGP-DI, que movimenta os preços dos bens de consumo como remédios, transportes e vestuário, cresceu 0,02 ponto percentual ao passar de 5,45% para 5,47%. E por fim, o último indicador inflacionário do estudo, o IPC-Fipe acelerou ao marcar 5,68% ante os 5,59% anteriores, este índice é utilizado somente para medir a inflação na cidade de São Paulo.

Após a redução pelo Copom da Selic de 12,5% ao ano para 12% ao ano. O Focus apontou que a taxa para o ano deve chegar nos 12,38%, queda de 0,12 ponto percentual ante a semana passada (12,50%). "A redução será gradual, até chegar nos 12% ao ano, definidos na última reunião", explica o economista Diego Almeida.

A estimativa é que os gastos do setor público aumentem, a projeção é de 39,2% do PIB, ante aos 39,15% da semana passada. Ao mesmo tempo, o PIB (crescimento do País) passou de 3,79% para 3,67% e a produção da indústria irá recuar para 2,63%, frente aos 2,96%.

A conta-corrente do Brasil, que representa o total das dívidas e das receitas do governo, ficará mais negativa. O boletim relata recuo de US$ 58,25 bilhões, na última leitura o valor era de US$ 57,93 bilhões. Já a balança comercial, que é a conta das vendas ao Exterior e as compras do mercado internacional devem ficar positiva em US$ 23 bilhões neste ano, o resultado da semana passada era de US$ 22,9 bilhões.




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