Os representantes comerciais das sete cidades asseguram que o consumo da população das classes C e D no Grande ABC está aquecido neste primeiro semestre do ano.

Entretanto, o aumento de juros e a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) com o nome de CSS (Contribuição Social para a Saúde) podem provocar uma queda nas vendas do setor varejista.

Santo André - O presidente da SOL (Sociedade Oliveira Lima), de Santo André, Hélio Faber, explicou que a popularização do ‘plástico' nas camadas menos favorecidas da região é efeito do aumento da renda dos trabalhadores, do ganho do salário mínimo e da oferta de empregos. "A união dessas três situações incrementou o poder de compra dessa camada até este mês. Antes, por exemplo, o gasto médio de uma pessoa de baixa renda era de R$10. Atualmente, a mesma pessoa gasta R$ 30", apontou Faber.

Diadema - Segundo o presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) Diadema, Antonio Celso Ruiz, os consumidores das classes C e D do município estão preferindo pagar suas compras com o cartão de crédito.

Ele avalia ainda que, nos últimos dois anos, o meio de pagamento apresentou o crescimento de cerca de 30% na cidade. Entretanto, o aumento de preços dos alimentos tem tirado a confiança dos consumidores, que intensificaram o controle dos seus gastos.

São Caetano - O diretor-executivo da Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), Celso Amâncio ratifica a avaliação de Luiz. Para Amância, o cartão de crédito substituiu os outros meios de pagamentos. No entanto, ele acredita que a previsão otimista das vendas e da utilização do ‘plástico' deve ser ponderada se os juros continuarem subindo e se a CSS vingar.

"As últimas novidades sobre juros altos e a nova CPMF não são boas. Isso, normalmente, retrai o consumo, principalmente das classes menos favorecidas", explicou Celso Amâncio.