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Berlusconi controlará Itália como uma empresa
Das Agências
15/05/2001 | 16:36
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O chefe da direita italiana, Silvio Berlusconi, gozará de ampla maioria nas duas câmaras do Parlamento para governar seu país "como se fosse uma empresa", de acordo com os resultados definitivos comunicados nesta terça-feira.

A coalizão italiana de direita, Casa das Liberdades (CdL), de Berlusconi, disporá de 368 deputados de um total de 630, e de 177 senadores em um total de 315, segundo os resultados das eleições legislativas e senatoriais publicados pelo ministério do Interior.

O homem mais rico da Itália dispõe, desta forma, de uma cômoda margem de 52 cadeiras na Câmara dos Deputados e 19 no Senado, além da maioria absoluta. A atual coalizão de esquerda Olivo contará, por sua parte, com 250 deputados e 130 senadores.

Os comunistas da Refundação (PRC) terão 11 deputados e três senadores.

Além de ter convertido seu partido Força Itália na primeira força política do país, Berlusconi aproveitará a queda de seu controvertido aliado, a xenófoba Liga Norte de Umberto Bossi.

A Liga Norte não superou o limite dos 4% necessários para obter deputados nesta eleição definida pela proporcionalidade, obtendo 3,9% dos votos, ao contrário dos 10,1% recebidos durante a eleição precedente, em 1996.

O número exato de parlamentares da Liga ainda não foi divulgado. Berlusconi, no entanto, terá de contar com o movimento de Bossi, o qual, apesar de seus resultados não muito brilhantes, terá ministros no futuro gabinete, como lhe havia sido prometido.

O outro grande aliado de Berlusconi, Gianfranco Fini, da Aliança Nacional (pós-fascista), que conservou seus eleitores, aspira o cargo de vice-presidente do Conselho.

Berlusconi anunciou, em sua primeira declaração como vencedor da eleição, que deseja apresentar seu governo imediatamente depois de ter sido encarregado de sua formação por parte do presidente da República, Carlo Azeglio Ciampi.

Oposição—Francesco Rutelli foi designado nesta terça-feira líder da oposição italiana, no final de uma reunião da coalizão de centro-esquerda Olivo, precisou o ministro de assuntos exteriores, Lamberto Dini.

"As forças de centro-esquerda dispõem de personalidades e de uma classe dirigente capaz de organizar uma oposição séria e eficaz", acrescentou Dini após a reunião na qual participaram representantes da Olivo.

Rutelli, derrotado nas eleições deste domingo pelo magnata das comunicações Silvio Berlusconi vai liderar a bancada da oposição junto com Piero Fassino, dos Democráticos de Esquerda, o maior partido da coalizão governista derrotada.




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