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Licitação do VLT deve
ficar apenas para 2011
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
06/11/2010 | 09:38
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A expectativa é grande, mas o governo de São Paulo não garante o lançamento do edital de contratação da empresa que fará o projeto básico (de estudo sobre impacto ambiental, financeiro, de desapropriações e de engenharia) do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), com trajeto de São Bernardo à Estação Tamanduateí do Metrô, na Capital.

O governador Alberto Goldman (PSDB) pouco sabe em que pé está a situação e a Secretaria de Transportes Metropolitanos afirma que o Metrô "está analisando o projeto funcional (que definiu o percurso)" e que o prazo estimado para a conclusão da análise e preparação dos editais de concorrência é de 45 dias. A data culminará na proximidade das festas de fim de ano e dificilmente a licitação será iniciada nesse período.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), deve se reunir nos próximos dias com o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), que reassumirá o Palácio dos Bandeirantes no dia 1º de janeiro, para conversar sobre o assunto. O objetivo é agilizar o processo licitatório.

O tucano, em passagem na região durante a campanha eleitoral, havia afirmado que era viável lançar o edital ainda em 2010. Mas a projeção não deve ser efetivada.

Para a contratação do projeto básico, o governo federal disponibilizará R$ 27,6 milhões. A Secretaria de Transportes Metropolitanos ressalta que 45% do valor (R$ 12,4 milhões) já está nos cofres estaduais. Mas, provavelmente, será preciso mais recursos para viabilizá-lo.

Isso porque ainda está indefinido aumento no trajeto. São Bernardo quer que o início do VLT seja na Estrada dos Alvarenga e não no Paço. Assim, a extensão total passaria de 14 quilômetros para 19,8 quilômetros. Essa nova proposta, com 4,8 quilômetros a mais, acréscimo de seis estações e um pátio, chegou à Pasta estadual no dia 20.

"Levando-se em conta o projeto funcional apresentado pela Prefeitura de São Bernardo (...), o montante total previsto no convênio não será suficiente para desenvolvimento de todo o projeto básico", informa a secretaria.

OUTRA POLÊMICA - Outra polêmica que tem o VLT como centro da discussão das sete cidades é o projeto que prevê ligação do Grande ABC a Guarulhos. As prefeituras de Santo André e Mauá disputam a sede regional.

A cidade comandada por Aidan Ravin (PTB) tem ligeira vantagem pela localização. Geograficamente, fica centralizada, com acesso mais fácil dos moradores dos sete municípios.

Mas o martelo ainda não foi batido. "Os prefeitos têm conversado com a Secretaria (de Transportes Metropolitanos) e discutido os projetos. Não tem definição. E sempre, num caso desse, a definição deve ser técnica. Qual a melhor solução? Qual a mais econômica e tecnicamente mais adequada?", salienta o governador Alberto Goldman.

"Você não faz um traçado de Metrô porque não gosta que passe por aqui, porque tem de passar por ali... Não pode ser assim. Tem definições, regras, elementos técnicos que dizem o que é melhor... Distância entre estações, demandas de passageiros, uma série de dados que tem de se levar em conta. Nunca é decisão de ordem política", completa. O Estado finaliza os estudos funcionais em fevereiro.




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