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Região tem inflação menor que média nacional
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
13/06/2010 | 07:24
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O consumidor da região foi privilegiado em relação ao aumento de preços nos primeiros cinco meses. Isso porque a inflação no Grande ABC neste período foi de 2,62%, contra 3,09% na média nacional e 3,06% somente da Capital. Porém, tal fato não distancia a região dos próximos encarecimentos previstos até o fim do ano.

O IPC-USCS/ABC (Índice de Preços ao Consumidor do Grande ABC da Universidade Municipal de São Caetano do Sul) variou 2,62% entre janeiro e maio. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apurou que a média de preços às famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos subiu 3,09% em igual período.

Tanto USCS, quanto IBGE, captaram que os alimentos foram responsáveis por grande parte da pressão dos indicadores de inflação, no entanto, a região teve menos acréscimo médio nos preços.

De acordo com o assistente de coordenação do IPC-USCS/ABC, Lúcio Flávio Dantas, existem alguns avanços nos preços, tanto para a região, quanto para o País, que são esperadas.

TARIFAS - As tarifas de energia elétrica e telefone fixo são as primeiras na lista dos aumentos. "Elas são reajustadas com base em alguns indicadores de inflação e devem mudar já no começo do segundo semestre", esclarece Dantas. As alíquotas são contratuais e não devem subir além da variação acumulada dos indicadores como o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) e IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), que em média, não ultrapassam a casa dos 5%. "Para que o reajuste supere esse indicador, seria necessário que as prestadoras de serviço (luz e telefone) tivessem apresentado bons resultados e novas vantagens aos usuário, o que não aconteceu", avalia Dantas, exemplificando com o caso do apagão no fim de 2009.

CARNES - Também a partir do segundo semestre, Dantas espera que a demanda externa por carnes cresça. Com isso, a oferta interna é reduzida e os preços aos consumidores das peças devem sofrer alterações. O pesquisador não quantifica o percentual, mas afirma que "a população com menor renda sofrerá mais, pois compromete maior parte do salário com este tipo de produto".

Os alimentos in natura também terão novas altas no meio do segundo semestre com o início do clima quente, que também prejudica a produção de alguns produtos.

ROUPAS - E as roupas, com a entrada da coleção primavera/verão, em meados de novembro, também devem ter reajustes. "Mas já no próximo mês devemos ter queda nos preços do grupo vestuário, pois começa a fase de liquidação da coleção", acrescentou Dantas sobre as peças de inverno.

Ele destaca que é esperada alta nos combustíveis após agosto. E de imediato, ao menos até o próximo mês, haverá aumentos nos serviços de saúde e no fumo.




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