O Estado tem 118 mil servidores públicos federais. "Temos consciência de que nao vamos sair com 100% amanha, mas, aos poucos, a adesao vai aumentar", acredita a tesoureira da Central Unica dos Trabalhadores (CUT) do Rio, Lúcia Reis, que é funcionária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e está coordenando a mobilizaçao no Estado.

Sem aumento há cinco anos, os servidores reivindicam reposiçao salarial de 64%, referente às perdas acumuladas durante o período, e fixaçao de uma data-base. "Parece que os militares sao mais estratégicos para o País porque eles vao receber o segundo aumento no governo Fernando Henrique", comentou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Sintrasef) Vítor Madeira.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) prometeu apoio à categoria. "Precisamos unificar nossa luta porque o protesto dos servidores tem diretamente a ver com o nosso movimento", disse a integrante da coordenaçao estadual do MST Marina dos Santos. "O que fazem com a gente é semelhante ao que estao fazendo com os sem-terra; o caminho, agora, é sem volta; nao agüentamos mais a intransigência do governo", declarou Madeira.

Está prevista uma manifestaçao de servidores públicos federais no centro da cidade, no dia 18, e uma marcha para Brasília, no dia 24.

Nesta quarta, eles farao uma mobilizaçao na Cinelândia para acompanhar a votaçao do salário mínimo de 151 reais, que será transmitida por meio de um telao.