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Ehud Barak se encontra em nível mais baixo de pesquisas
Das Agências
22/12/2000 | 15:47
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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, se encontrava esta sexta-feira no nível mais baixo das pesquisas de opiniao, frente ao líder da direita nacionalista Ariel Sharon, apesar da desistência forçada dos seus dois rivais mais populares.

Em uma semana, Barak conseguiu deixar de fora do jogo dois ex-primeiros-ministros, o conservador Benjamin Netanyahu e o trabalhista Shimon Peres.

Ao mesmo tempo, o candidato conservador Ariel Sharon aumentou consideravelmente sua vantagem em relaçao ao chefe do Governo trabalhista, conseguindo uma diferença de 11 a 18 pontos, segundo duas pesquisas publicadas nesta sexta-feira.

Barak tem menos de 50 dias para se recuperar, antes das eleiçoes de seis de fevereiro para premiê. Mas Sharon, 72, líder indiscutível do Likud - principal partido de oposiçao - se esforça para unir a direita israelense. Este ultra-nacionalista defensor da colonizaçao judaica, oposto a qualquer concessao em relaçao a Jerusalém, se apresenta ao grande público como o homem da ``paz verdadeira', sem revelar como pretende alcançá-la.

Sharon promete impor a segurança e acabar com a nova Intifada - a revolta palestina - mediante uma política férrea, da qual já deu mostras nos diferentes cargos que ocupou no Exército e no Governo durante sua longa carreira.

Já Barak se esforça para fechar o quanto antes um acordo com os palestinos, esperando com isso virar o jogo antes das eleiçoes, que se transformariam, segundo ele, em um verdadeiro ``referendo sobre a paz'.

A imprensa israelense noticiava nesta sexta-feira importantes avanços nas negociaçoes de Washington com os palestinos. Israel teria aceito, pela primeira vez, negociar ``com base nas fronteiras de junho de 1967', anteriores à ocupaçao de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, e teria flexibilizado sua posiçao sobre Jerusalém, afirmam vários jornais e rádios israelenses.

O ministro israelense das Telecomunicaçoes, Benyamin Ben Eliezer, sublinhou à rádio pública que ``ainda nao há acordo e que nada foi apresentado ao Gabinete, apesar de terem sido realizadas negociaçoes muito sérias'.

No plano da política interna, Barak tentou cicatrizar as feridas em seu próprio partido, causadas pela tentativa de Shimon Peres de apresentar sua candidatura. O premiê conseguiu nesta quinta que a tentativa fracassasse, convencendo o partido de esquerda Meretz a nao apoiar Peres.




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