O disco levou três anos para ficar pronto. Mas valeu a pena. Barry, Robin e Maurice Gibb conseguiram trazer de volta todo o clima de seu antigo repertório, usando e abusando de suas habilidades vocais, mas sem fazer do álbum algo saudosista.
Os Bee Gees estão modernos, sim. E isso é perceptível logo na primeira faixa, que dá o nome ao CD. Nela, há uma mistura de folk e funk (o de verdade), com Barry e Robin alternando seus estilos opostos. A última, Voice in The Wilderness, traz uma guitarra vigorosa, mostrando um lado mais pesado do trabalho.
Para quem não ouve Bee Gees desde os anos 70, é bom esclarecer: eles não cantam tão fininho nem usam mais camisas de golas enormes ou roupas brancas justíssimas.
Talvez uma leve reminiscência desse tempo seja a balada Wedding Day. Muito bonita, por sinal. Também traz um certo clima do passado (mais antigo ainda) a música Technicolor Dreams, que bem poderia ter sido cantada por Fred Astaire.
Na concepção do disco, como um todo, o trio não abriu mão da modernidade. Tanto que os recursos eletrônicos imperam na gravação. A exceção fica por conta da faixa The Extra Mile, uma bela composição que conta com a participação de uma pequena orquestra. É, enfim, um disco cheio de boas composições. Gostoso de ouvir.
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