Oliveira disse que não tem mais como garantir a segurança dos carcereiros e dos investigadores que fazem plantões na muralha da unidade. “A unidade tem dez celas e em nenhuma delas é possível usar as trancas das portas. Há apenas um fecho improvisado”, disse. Depois da fuga, a cadeia passou a abrigar 271 presos, mas tem capacidade apenas para 60 homens.
O diretor disse que a situação pode ficar pior caso a construção do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Diadema não saia. “Isso poderia amenizar a lotação, mas o prédio da cadeia precisa de uma reforma urgente. Corre o risco de desabar.” Ele acredita que o processo de licitação do CDP não sairá ainda neste ano. A licitação foi interrompida devido a recurso feito por uma das empresas concorrentes que discordou das exigências.
O pedido do delegado foi protocolado no Fórum e encaminhado ao promotor Christiano Jorge Santos e para a juíza-corregedora Cláudia Carbonari. Um outro pedido para interdição do prédio já havia sido feito há três anos e, segundo Santos, será preciso aguardar dados oficiais sobre o processo antigo e sobre o andamento da construção do CDP para, só então, tomar outra providência.
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