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Diretor de cadeia de Diadema pede a interdição do prédio
Glauco Araújo e
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
08/01/2003 | 20:06
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Com medo de um possível desabamento do prédio, o diretor da Cadeia Pública de Diadema, João Alves de Oliveira, entrou nesta quarta com pedido de interdição da unidade por entender que há falta de segurança para os funcionários trabalharem, de estruturas hidráulica e elétrica compatíveis be problemas de infiltração nas paredes em dias de chuva. A decisão do diretor foi fortalecida depois da fuga de 11 presos na noite do último domingo, quando os detentos usaram explosivos para abrir um buraco na parede externa da cadeia. A documentação foi protocolada nesta quarta no Fórum de Diadema.   

Oliveira disse que não tem mais como garantir a segurança dos carcereiros e dos investigadores que fazem plantões na muralha da unidade. “A unidade tem dez celas e em nenhuma delas é possível usar as trancas das portas. Há apenas um fecho improvisado”, disse. Depois da fuga, a cadeia passou a abrigar 271 presos, mas tem capacidade apenas para 60 homens.   

O diretor disse que a situação pode ficar pior caso a construção do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Diadema não saia. “Isso poderia amenizar a lotação, mas o prédio da cadeia precisa de uma reforma urgente. Corre o risco de desabar.” Ele acredita que o processo de licitação do CDP não sairá ainda neste ano. A licitação foi interrompida devido a recurso feito por uma das empresas concorrentes que discordou das exigências.   

O pedido do delegado foi protocolado no Fórum e encaminhado ao promotor Christiano Jorge Santos e para a juíza-corregedora Cláudia Carbonari. Um outro pedido para interdição do prédio já havia sido feito há três anos e, segundo Santos, será preciso aguardar dados oficiais sobre o processo antigo e sobre o andamento da construção do CDP para, só então, tomar outra providência.




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