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Pavin nega rombo no Semasa mas não convence
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
11/02/2011 | 07:49
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O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) Angelo Pavin foi sabatinado ontem por quase duas horas pelos vereadores da Câmara de Santo André. O assunto: rombo de R$ 26 milhões nos cofres da autarquia, embora Pavin negue que exista tal situação, que a classifica como "deficit orçamentário".

O único resultado efetivo da reunião foi a decisão dos 21 vereadores de apresentar requerimento para convidar representantes do Ministério das Cidades, da CEF (Caixa Econômica Federal) e do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica) para esclarecer polêmica.

O encontro foi solicitado pelo presidente da Casa, José de Araújo (PMDB), e pelo vereador Alemão do Cruzado (PSL), que na semana passada questionou o superintendente sobre o débito. "A vinda desses representantes será importante para solucionar as dúvidas dos vereadores."

Pavin afirma que a dívida se justifica pelo adiantamento da empresa em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e na contenção do Rio Tamanduateí na Avenida dos Estados em 2009, com o Daee, mas não apresenta documentos que garantam reembolso.

O superintendente admitiu que não existe convênio com Daee e que foi feito acordo de cavalheiros entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB), prefeito Aidan Ravin (PTB) e o secretário de Saúde e Gabinete, Nilson Bonome.

Nos bastidores, é forte que o vermelho nas contas do órgão seja o estopim para saída de Pavin da administração. Os parlamentares reclamaram da falta de documentos contundentes na apresentação do superintendente.

O situacionista Pinheirinho foi enfático. "O Semasa faliu e esqueceu de fechar as portas."

Para o oposicionista Tiago Nogueira (PT), "Pavin não convenceu e saiu fragilizado. Ele já chegou (na Câmara) frágil porque quem cuida disso é o Bonome. Pavin já chegou na frigideira." O petista emendou dizendo que o Semasa vive problema crônico de gestão.

José Montoro Filho, o Montorinho (PT), apresentou resposta do Daee sobre possível reembolso ao Semasa. "O Daee não costuma repassar verbas e as obras são realizadas diretamente pelo governo estadual."

Sobre a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sem a confirmação da sétima assinatura necessária para a abertura da investigação, cogitada entre Alemão do Cruzado e Paulinho Serra (PSDB), que demonstram recuo, à bancada petista resta emplacar audiência pública para fazer um pouco mais de barulho.




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