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Happy Class
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
27/06/2010 | 07:25
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Fotos: Nário Barbosa


"Isso sim é aula feliz", disse Nathalia Assis, 13 anos, em meio a gritos e lágrimas. Ela e centenas de alunos participaram do show da Restart no Sesi 221, em Santo André, na terça. A turma venceu 2.580 colégios da Grande São Paulo na promoção Chupim na Escola da rádio Metropolitada e, como prêmio, recebeu a banda só para eles! O D+ estava lá. Confira:

Vale a pena lutar
Parecia impossível, mas desde que a mãe de Daniella Lopes, 13, avisou da promoção da rádio Metropolitana, a garota não desistiu enquanto não conseguiu realizar seu sonho: ver a Restart no seu colégio. "Comecei a agitar e chamei minhas amigas. Somos apaixonadas pelos meninos. Garanto que é amor verdadeiro", conta.

As meninas começaram a participar da promoção - que começou no início do mês - com uma semana de atraso, mas conseguiram chegar lá. A tarefa era reunir o maior número de e-mails para vencer. O Sesi conseguiu 22% da arrecadação de endereços eletrônicos. "Saimos caçando e-mail de todo mundo. Na Festa Junina do colégio, recolhemos muitos", lembra Thainá Cruz, 13. Outra iniciativa bacana foi a de recolher agasalhos como entrada do show para ajudar uma instituição carente.

Além de família e amigos, as funcionárias do colégio também ajudaram. "Elas realmente queriam aquilo. Era verdadeiro e importante", diz a bibliotecária Luciana Tavares. Para a estagiária Graziela Strombeck, o mais importante foi a união entre os alunos. "Até quem não gostava ajudou."

Quando ficou sabendo que a escola tinha vencido, Barbara Pereira, 13, surtou. "Não acreditei que ia ver o Koba de perto." Andreia Costa, 12, chorou de emoção do início ao fim do show. "É uma sensação inexplicável. Foi tudo perfeito."

Voltar a tocar em uma escola é demais
Lembrava cena de musical norte-americano. A bandinha do momento aparece na escola e faz um megashow. Foi esse o clima que rolou nos bastidores da apresentação da Restart no Sesi 221. "Esta é a sexta edição da promoção e sempre faz sucesso. É legal porque a galera tem a chance também de fazer perguntas para os ídolos e, para nós, é a chance de estarmos juntos dos ouvintes do programa", diz Marcelo Barbur, o apresentador do Chupim.

A quadra ganhou um palco, policiais reforçaram a segurança, uma sala de aula se transformou em camarim da galera do Chupim e a brinquedoteca recebeu os meninos da banda. O local, inclusive, estava todo decorado com cartazes repletos de fotos e corações. Frutas, refrigerantes e sanduíches serviram de lanchinho para os artistas. Os meninos trocaram de roupa, passaram perfume, fizeram xixi e receberam alguns fãs. O D+ teve acesso a tudo isso.

"Tocar novamente em uma escola é irado. Faz a gente lembrar de como era quando nos conhecemos. A Restart foi pensada quando estávamos no colégio", conta Pe Lanza. Para Pe Lu, o Chupim na Escola é uma oportunidade para os fãs chegarem mais perto. "São duas horas de programa e show ao vivo só para os alunos."

Se pudesse escolher, Koba gostaria que o NxZero tivesse tocado na escola dele quando era mais novo. "Hoje, a banda divide o palco com a gente. É bem legal pensar que conseguimos chegar lá também." O batera Thominhas acredita que fazer shows como esse incentiva a galera a seguir o sonho de ter uma banda. "Mostra que se a gente conquistou um espaço, eles também conseguem. O que não pode é desistir."

Desmaio
Carolina Bueno, 14, foi acompanhar a irmã Karen, 12, e passou mal. O desmaio, nada planejado, rendeu encontro especial: as duas foram parar no camarim da banda. "Foram atenciosos e simpáticos. Perguntaram se minha irmã estava melhor. Fiquei impressionada, principalmente com o Pe Lanza, um fofo", conta Karen.

Atividade extra
Não foi tão fácil convencer a diretora da escola a receber um show de rock, mas Maria do Carmo Rocco acabou percebendo que a iniciativa de um grupo uniu os estudantes. "Todos ajudaram. Foi uma atividade extracurricular. Cuidei dos detalhes para nada sair errado", conta.

Pais tranquilos
Se para os filhos foi sensacional poder ver o show dos ídolos na própria escola, para os pais foi melhor ainda. "A gente fica bem mais tranquila, afinal, é dentro do colégio deles", afirma Roberta Pires, mãe de Isabella, 9 anos. A garota amou ver os meninos. "São bem mais simpáticos e bonitos do que eu achava." A opinião é compartilhada por Dafne Fontoura, 13. "Desta vez, ficamos depois da aula não para qualquer atividade, mas para ver show exclusivo da Restart. Este dia vai ficar pra sempre gravado no meu coração. Foi simplesmente demais."

Produção sua muito
Pensa que é fácil montar um megashow na escola? Não! Tem muita gente envolvida e vários detalhes. A produção foi três vezes lá e a galera da técnica chegou muitas horas antes. "É sempre um desafio diferente", conta produtora Hellen Noda.




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