Segundo o chefe de departamento de Fomento e Acompanhamento Técnico da Finep, Edgar Rocca, a parceria se insere dentro das atuais diretrizes de política industrial do governo, na qual se pretende focar atenção às APLs (Arranjos Produtivos Locais), como o do setor de transformação do plástico da região. Dados de uma pesquisa feita pela consultoria Maxiquim apontaram que o Grande ABC é um dos principais pólos desse ramo de atividade no país, ao reunir cerca de 400 empresas e 19 mil funcionários.
O convênio terá a duração de dois anos e se destina a suprir sobretudo os pequenos empresários com informações, que vão abranger desde dados sobre o mercado do segmento no país e no exterior e também sobre normas técnicas. “As empresas com um problema técnico poderão ir até a Fundação e vamos levantar tecnologias, normas e processos, e também auxiliar na implementação da solução, junto com o IPT”, disse o coordenador de engenharia de materiais da Faculdade de Engenharia Celso Daniel, da Fundação, Hamilton Viana.
Ele acrescentou que o valor a ser cobrado por esse suporte às empresas ainda não foi definido, mas será “o mínimo possível”, em função do das entidades e pelo fato de ser destinado a pequenos empresários. Segundo ele, no mercado, uma assinatura anual de um bancos de dados de normas técnicas gira em R$ 40 mil, o que dificulta o acesso das pequenas empresas de forma isolada. O Ciap deverá estar disponível já a partir do segundo semestre.
Para o assessor da agência, Ciomar Okabayashi, o Ciap poderá ser uma ferramenta importante para os microempresários se tornarem mais competitivos. “Às vezes, o empresário vem em busca da norma para fazer um ensaio, já que ele quer ter um material com certa característica mecânica, mas também tem problemas em seu processo produtivo. Poderemos orientá-lo”, disse Viana.
Segunda etapa – O prefeito de Santo André, João Avamileno, participou da assinatura do convênio, junto com o diretor-geral da Agência, Jorge Rosa. O diretor afirmou que o segundo passo, depois do acordo para implementação do Ciap, será obter apoio financeiro para um centro de desenvolvimento tecnológico, que incluiria laboratórios para prototipagem, testes e ensaios. “Estamos conseguindo financiamentos interessantes. Mas não podemos parar por aí. Precisamos de um centro de desenvolvimento”, disse Rosa.
Okabayashi afirmou que foi feito um projeto para um centro de laboratórios em 1997, que deverá ser reelaborado. “Vamos ter de fazer novos estudos, reorçar e ver o direcionamento para saber quais os equipamentos são necessários atualmente e o valor deles”, afirmou.
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