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Clássico põe objetivos distintos à prova
Lucas Tieppo
Especial para o Diário
01/11/2009 | 07:41
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O clássico de hoje entre Palmeiras e Corinthians, às 16h, no Estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, interior de São Paulo, colocará frente a frente dois rivais com objetivos bastante distintos no Campeonato Brasileiro. Enquanto o time alviverde briga pelo primeiro título na temporada, o alvinegro, com duas taças conquistadas em 2009, quer apenas atrapalhar o principal rival.

O Palmeiras vem animado pela goleada por 4 a 0 sobre o Goiás, na quinta-feira, que acabou com o jejum de quatro jogos sem vitória, devolveu a liderança e, principalmente, a confiança ao time comandado pelo técnico Muricy Ramalho.

Já o Corinthians também vem de resultado positivo na última rodada. Após duas derrotas seguidas, bateu o Vitória por 1 a 0, fora de casa, e chegou aos 45 pontos na competição. "Mostramos no jogo contra o Goiás que ainda estamos muito bem vivos e fortes para levantar o troféu do Brasileiro", afirmou o treinador palmeirense.

Como não poderia deixar de ser, Muricy também ressaltou a importância do confronto ante o maior rival. "Pode ser a arrancada para o título", resumiu. Com 57 pontos, o Palmeiras pode continuar líder do Brasileiro até se empatar a partida.

O treinador deve manter o esquema 3-5-2 que utilizou na goleada sobre os goianos. No entanto, haverá algumas mudanças. No meio, Jumar deve substituir o machucado Edmílson, já que Sandro Silva está suspenso. No ataque, Vágner Love volta de suspensão e deve formar dupla de ataque com Obina. Pierre, Willians, Maurício Ramos e Cleiton Xavier, machucados, continuam de fora.

O palco do confronto de hoje traz boas recordações ao atacante baiano. No confronto pelo primeiro turno do Brasileiro, o Palmeiras venceu por 3 a 0, com três gols de Obina. "Acho que não tem favorito. Continuo dizendo que clássicos são decididos em detalhes. Até porque o Corinthians vem se preparando muito para este jogo", analisou.

Timão - Se para Obina o Estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, traz boas lembranças, para Ronaldo também não é diferente. Pelo menos em parte.

Foi na cidade do interior paulista que o camisa nove fez o primeiro gol com o uniforme alvinegro. No dia 8 de março, pelo Paulistão, o Fenômeno fez o gol do empate corintiano, aos 48 minutos do segundo tempo.

Porém, três meses e meio depois, na derrota do primeiro turno do Nacional, Ronaldo caiu, fraturou a mão esquerda e ficou dois meses afastado dos campos. "Vão rolar sensações diferentes lá. A minha primeira participação em Prudente foi com gol. Na segunda, quebrei a mão em alguns pedacinhos. Enfrentar o líder do campeonato será muito bom", relembrou o atacante.

O técnico Mano Menezes tem nas laterais as maiores dúvidas para o confronto. Com Alessandro e Marcelo Oliveira machucados, Mano deve manter o mistério até minutos antes da partida. O paraguaio Balbuena é opção tanto para a lateral direira quanto para a esquerda. Já os zagueiros Paulo André e Diego podem ser deslocados para a ala. (Supervisão Fernando Cappelli)

Para vencer, Mano confia em Ronaldo
O técnico do Corinthians, Mano Menezes, confia no seu camisa nove para vencer o Palmeiras hoje, em Presidente Prudente, pela 33ª rodada do Brasileiro.

"A vida dele não é muito normal, não é? Espero que o Ronaldo volte com espírito do clássico do 1 a 1 (no dia 8 de março, pelo Paulistão). No mínimo, aquela mesma importância da estreia, participando do jogo decisivamente", lembrou o técnico Mano Menezes, na expectativa de que o atacante possa decidir o jogo de hoje para o Corinthians.

De quebra, ele pode ser herói do fim do jejum de vitórias sobre o rival. O Corinthians não vence o Palmeiras há seis jogos, com cinco derrotas e um empate. O último triunfo foi em 2006, quando venceu por 1 a 0.

"Um jogador de última linha, que atua lá na frente, precisa ser bem marcado mesmo. Se não, decide o jogo", ressaltou. (Com AE)

Palmeirenses lamentam jogar longe do Palestra
Em oito jogos, são seis vitórias e duas derrotas. Este é o retrospecto do Palmeiras em clássicos realizados no Estádio Eduardo José Farah, mais conhecido como Prudentão, em Presidente Prudente, no interior paulista.

Neste ano, o time comandado pelo técnico Muricy Ramalho enfrentou duas vezes o Corinthians no estádio e no restrospecto, tem um empate em 1 a 1, pelo Paulistão, e uma vitória por 3 a 0, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.

Apesar dos bons números, os jogadores palmeirenses não gostaram do fato de não atuar no Palestra Itália em um dos duelos decisivos da reta final da competição.

"O Santos tem a Vila, o Corinthians tem o Pacaembu e o Palmeiras tem o Parque. Então, deveríamos jogar em casa, porque é uma partida muito importante para nós", lembrou o zagueiro Danilo.

O atacante Obina, destaque da vitória no primeiro turno ao marcar os três gols do triunfo alviverde, também lamentou o fato. "Se fosse na Capital seria bom, mas temos de cumprir o que foi combinado", lembrou o camisa 28.

A campanha do Palmeiras no Campeonato Brasileiro dentro do Palestra Itália também pesa na reclamação dos jogadores. Em 16 partidas, foram dez vitórias, cinco empates e apenas uma derrota, para o Flamengo.

Para os alviverdes, a falta de adaptação ao gramado do Prudentão será o grande desafio no clássico. Porém, os jogadores lembram que tanto para o Palmeiras, quanto o Corinthians terão o mesmo problema.

"A maior preocupação é o campo. O gramado é diferente do que temos aqui, e as equipes sentem muito, principalmente no início do jogo. É notório que a bola fica mais viva e vemos muitos chutes de canela. O calor também é maior, mas se esse foi o acordo, vamos cumprí-lo", concluiu Danilo. (Das Agências)




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