O governo argentino descartou neste sábado a entrada no país de um comando terrorista iraniano e disse que, de qualquer modo, adotou um série de medidas de prevençao nos possíveos alvos da comunidade judia. A versao sobre a chegada de um automóvel com um ou dois iranianos com uma quantidade nao especificada de explosivos, provocou ontem uma série de reunioes dos órgaos de segurança.

O jornal Página 12 disse que a informaçao foi encaminhada aos serviços de inteligência por um informante israelita de Ciudad del Este, no Paraguai. Entretanto, o secretário de Segurança Interior, Miguel Angel Toma, disse hoje que a hipótese ``está praticamente descartada', pois a placa do suposto automóvel nao existe. ``As letras da placa que foram divulgadas nao existem', disse Toma a uma emissora de rádio, depois que medidas de segurança foram reforçadas nos centros judeus de Buenos Aires.

As autoridades diplomáticas de Israel reprovaram o modo pelo qual as forças de segurança tornaram pública a informaçao fornecida ao governo. ``Em matéria de segurança nunca se deve perturbar a tranqüilidade nem colocar a populaçao em pânico. Além disso, os terroristas também ouvem e ficam alertas', disse o embaixador de Israel, Yitzhak Aviran.

Os edifícios da comunidade judia estao com proteçao especial por conta dos atentados cometidos em 1992 e 1994 contra a embaixada de Israel e um centro comunitário que mataram mais de 100 pessoas e até hoje nao foram esclarecidos.