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Atenção à lipoaspiração
Raquel de Medeiros
Do Diário do Grande ABC
15/02/2009 | 07:17
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Não é raro observar complicações decorrentes de cirurgias de lipoaspiração. Na segunda-feira, a mulher do rapper norte-americano Usher, Tameka Foster, entrou em coma induzido no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após tentativa de lipoaspiração malsucedida. A mulher de Usher teria vindo ao Brasil especialmente para a cirurgia.

Em 31 de janeiro, uma brasileira foi vítima do procedimento. A recepcionista Regiane Aparecida Bauer, 27 anos, morreu ao sofrer parada cardiorrespiratória duas horas após o início da cirurgia.

Outros casos conhecidos vieram à tona nos últimos anos. O cantor Marcus Menna, vocalista do grupo LS Jack, entrou em coma durante lipoaspiração há quatro anos. No fim do ano passado fez a primeira aparição em público em um programa de TV, ainda com muita dificuldade de andar e falar.

A modelo e atriz Cláudia Liz também sobreviveu a uma complicação gerada em meio a preparação para lipoaspiração há 13 anos. Teve que ser levada às pressas para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permaneceu em coma por alguns dias.

Segundo pesquisa realizada recentemente pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a lipoaspiração é o procedimento que mais acarreta processos por supostos erros médicos.

Porém, o cirurgião do Departamento de Cirurgia Plástica do Hospital Pérola Biyngton, Edmílson Micali, que também atua numa clínica particular em São Bernardo, afirma que as chances de algo sair errado são baixas se os procedimentos pré e pós-operatórios forem corretos. "A lipoaspiração não é perigosa desde que se tome os devidos cuidados. O limite máximo é retirar até 7% da gordura corporal de um paciente, dependendo de cada caso."

MÉDICO
A escolha de um bom profissional é de extrema importância. "Analisar o currículo do especialista, hospital onde trabalha, saber se da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, pedir indicação de amigos e outros médicos são fundamentais", avisa o integrante titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e autor do livro Cirurgia Plástica - Manual do Paciente, Alan Landecker.

Além disso, um bom profissional não deixará de pedir exames importantes antes que a operação seja feita. "Exame de sangue, eletrocardiograma e urina são necessários", explica Landecker.

A partir destes, é possível prever se a pessoa terá uma boa recuperação e se pode ser submetida a uma cirurgia. Porém, há exceções. Existem doenças raras que não geram sintomas. Na maioria das vezes é genético e daí, sim, há riscos de problemas inesperados durante a cirurgia ou no pós-operatório", afirma Micali. No entanto, estes tipos de casos são raríssimos.




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