O contrato entre a Prefeitura de Santo André e o Instituto Castanheira, firmado em 2005 durante a gestão de João Avamileno (PT), está sob investigação do Ministério Público por suposto superfaturamento e omissão na prestação de contas referentes à verba recebida pela entidade em 2008. As denúncias foram apresentadas pela gestão Aidan Ravin (PTB) e, se comprovadas, podem levar o ex-prefeito à condenação por improbidade administrativa. A entidade era responsável por ações educacionais no município.

Conduzido pelo promotor Renato de Cerqueira César Filho, da Promotoria de Justiça da Cidadania, o inquérito pesa especialmente sobre o ex-prefeito. Para a liderança do partido, possíveis punições não devem recair sobre a sigla. "É normal que ocorram investigações sobre contratos da gestão passada. O PT não tem nada a ver com isso. A responsabilidade é do antigo prefeito. Somos favoráveis à apuração, doa a quem doer", afirmou o vereador e presidente municipal do partido, Tiago Nogueira.

Avamileno afirmou desconhecer irregularidades no contrato e enfatizou que a instituição agiu com transparência durante a sua administração. "A Castanheira realizou muito bem seus serviços na área educacional do município, por isso, não há nada que a desabone. Se existir algo errado, será surpresa para mim", disse.

Segundo a denúncia encaminhada pela equipe de Aidan ao Ministério Público, cada criança custava de R$ 4.000 a R$ 5.000 mensais para receber cuidados em abrigo. O contrato com o Instituto Castanheira foi rescindido em março. Em substituição, a Prefeitura firmou parceria com o Instituto Neca.