Segundo os pesquisadores do Centro Selikoff de Saúde Ambiental e Desenvolvimento Humano, de Israel, quanto mais tempo as crianças permanecem na área de Chernobyl, na Ucrânia, maior é o risco de adoecerem.
Os resultados do estudo foram divulgados em coletiva de imprensa concedida pelo projeto Crianças de Chernobyl do movimento judaico hassídico Chabad, marcando a chegada da criança de número 2.001 trazida da regiao para Israel nos últimos dez anos pelo Chabad.
"Nao apenas as crianças correm riscos, mas esse risco aumenta a cada dia que permanecem na área de Chernobyl", disse o médico Jay Litvin em nome do Chabad. "Consideramos que estamos literalmente correndo contra o tempo."
A maioria das crianças levada a Israel das áreas afetadas em Belarus, na Ucrânia e na Rússia chega sem seus pais. Mas, segundo o Chabad, os pais geralmente vêm mais tarde e se estabelecem em Israel.
"A radiaçao é muito insidiosa", disse Litvin. "Ela penetra no corpo, provoca mutaçoes em células e pode ficar dormente, fazendo seu trabalho ao longo do tempo."
O estudo focalizou 1.080 crianças levadas a Israel desde 1990.
O pesquisador Yogesh Choudhri, epidemiologista chefe do estudo, constatou que a presença de cânceres da tiróide e do fígado e outras doenças é maior nessas crianças do que entre as que nao sao expostas à radiaçao.
O desastre de Chernobyl expôs mais de 3 milhoes de crianças à radiaçao. Um relatório da Organizaçao das Naçoes Unidas (ONU), divulgado em abril, concluiu que os piores efeitos da radiaçao sobre a saúde ainda estao por vir e que os níveis de radiaçao permanecerao altos até meados do século.
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