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Nórdicos lutam contra escravidao sexual e tráfico de mulher
Do Diário do Grande ABC
20/06/2000 | 15:47
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Os ministros da Justiça dos países nórdicos decidiram esta terça-feira, ao término de uma reuniao de dois dias em Ilulissat (Oeste da Groenlândia), reforçar sua luta contra a escravidao sexual e o tráfico de mulheres, que afeta sobretudo o Leste Europeu e a Asia.

Os ministros de Dinamarca, Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia informaram, em sua declaraçao final, que ``trabalharao para firmar o quanto antes acordos de cooperaçao entre Noruega e Islândia, por um lado, e com a Europol (unidade policial de investigaçao da Uniao Européia), por outro'.

``Estes acordos contribuirao para garantir que todos os países nórdicos possam participar, junto com a Europol, de uma estreita cooperaçao policial para combater a exploraçao sexual das mulheres', segundo os ministros, que sublinharam a importância das iniciativas de luta contra o crime organizado graças à cooperaçao entre os países bálticos, que englobam Rússia, Estados bálticos e Polônia.

Os ministros também lembraram o ``papel essencial' desempenhado pela ``Baltic Sea Task Force', encarregada pelo Conselho do Báltico de lutar contra diversas formas de crime organizado, como o tráfico de mulheres.

Além disso, serao contempladas com certa regularidade iniciativas suplementares de países nórdicos destinadas a combater a escravidao de mulheres, que prospera na Rússia, nas repúblicas bálticas e na Polônia, afirmaram.

O partido Radical, membro da coalizao no poder na Dinamarca, solicitou ao ministro da Justiça, Frank Jensen, ``que acelere as investigaçoes policiais para localizar e prender os responsáveis pela escravidao sexual que afeta na Dinamarca as mulheres procedentes de países do Leste europeu e da Asia.

Já os partidos Liberal e Do Povo Dinamarquês (extrema-direita) anunciaram, na ediçao desta terça-feira do jornal Information (independente), ser partidários do aumento da pena pelo crime de escravidao sexual para até seis anos de prisao, contra a pena máxima atual, de quatro anos.

Estas solicitaçoes foram uma resposta a diversos artigos publicados nos últimos dias no Information sobre a negligência da polícia dinamarquesa e o inferno vivido pelas mulheres obrigadas por gigolôs a se prostituir.

Uma delas conseguiu escapar e chegar à embaixada de seu país, onde relatou as agressoes, ameaças de morte e outros maus-tratos que teve que suportar durante várias semanas.




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