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Jobim pede justificativa das empresas aéreas para mudança de resoluções
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
13/08/2007 | 21:36
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu nesta segunda-feira que as empresas aéreas apresentem uma justificativa para as alterações que pedem em algumas resoluções do Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil).

“Como não nos foi satisfatória a análise dessas providências que estão no ofício, eu solicitei que me mandasse uma fundamentação para cada uma das providências”, disse após reunião com o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).

Pedidos - Segundo Jobim, as empresas pedem, entre outras coisas, que seja revisto o novo critério que permite que apenas vôos que não ultrapassem duas horas de duração operem em Congonhas. A sugestão das empresas é de que ao invés de considerar o tempo, o governo utilize a distância de 1,5 mil quilômetros. “Eu preciso saber o que isso representa. Pedi explicações de porque (as empresas) querem isso, o que representa e aonde os aviões chegam com 1,5 mil quilômetros em linha reta”.

Outro pedido dos empresários é de que as aeronaves permaneçam em Congonhas por até uma hora entre o pouso e a decolagem. A proposta despertou a desconfiança do ministro. “Eu perguntei se isso não seria uma forma de fazer com que o aeroporto volte a ser escala (para vôos)”. Jobim disse ter pedido uma análise para se certificar de que a mudança não permitiria que as companhias aéreas voltassem a utilizar Congonhas como ponto de conexão para outros pontos do país.

Assentos - Mais uma vez, Jobim voltou a citar a questão do espaço entre os assentos dos aviões. “Disse a eles que aquele espaço vital que eles estavam reservando era um espaço anti-vital porque representa uma situação de desconforto absoluto para os passageiros”.

Perguntado se a redução do número de assentos a fim de aumentar a comodidade dos usuários não acarretaria o aumento do preço das passagens, Jobim deixou claro o que considera ser a prioridade do setor. “Não podemos pensar em redução de preços em cima do conforto e da segurança do usuário. Teremos de pensar em redução de preços por outra perspectiva. Se o raciocínio for esse, vamos viajar de pé”.

Jobim também rebateu a declaração do presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, que, com base em dados de uma pesquisa, afirmou que apenas 5% da população brasileira não se sentem “confortáveis nas aeronaves”. “Não sei o que ele disse ou deixou de dizer. Não me importa. O que importa é saber que nós temos um desconforto verificado por toda a população, sejam altos ou baixos”.

Obras - O ministro voltou a explicar que as obras de reparos na pista principal do Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, será realizada por partes. A proposta é que a reforma dos primeiros 1,3 mil metros comece por uma das cabeceiras, permanecendo o restante da pista aberta para pousos e decolagens. A segunda etapa seria a restauração de mais mil metros do outro extremo da pista.

Em cada uma das duas etapas, além da área reformada, serão interditados outros 400 metros que servirão como área de escape. A última fase seria a recuperação da parte central da pista. Neste estágio seria necessário interditar integralmente a pista.

O projeto inicialmente aprovado previa que a interdição total ocorreria entre janeiro e fevereiro de 2008, mas as autoridades do setor aéreo procuram uma maneira de antecipar o início da última etapa. “O nosso problema é que a solução inicial ocasionaria o bloqueio total da pista durante o período de maior movimento, as férias. Queremos ver se com uma solução técnica, é possível que o bloqueio da pista aconteça em dezembro ou janeiro”.




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