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Presidente da Petrobras otimista quanto à crise com a Bolívia
Da AFP
26/09/2006 | 20:27
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O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, considerou nesta terça-feira, em Montevidéu, que há boas perspectivas para solucionar a crise do gás com a Bolívia, já que as negociações estão, segundo ele, "encaminhadas".

"Acreditamos que existem boas perspectivas para a solução do conflito com a Bolívia, as discussões prosseguem", afirmou Gabrielli, que se encontra em Montevidéu para inaugurar as atividades de distribuição de combustível no Uruguai.

O presidente da Petrobras informou que viaja no dia 9 de outubro a Laz Paz junto com o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, para se reunir com o ministro boliviano Carlos Villegas e o presidente da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos).

Sobre as negociações que foram reiniciadas nesta terça na Bolívia, com a chegada de uma missão técnica da Petrobras, Gabrielli comentou sua ausência: "Eu não participo nas reuniões a esse nível". Nestor Cerveró, diretor da Área Internacional da Petrobras, presente na coletiva, explicou que há vários grupos de negociação para tratar da revisão de preços dos contratos de fornecimento de gás da Bolívia.

O governo boliviano e a Petrobras reiniciaram nesta terça-feira reuniões para adequar os contratos petroleiros ao decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos da Bolívia, informou uma fonte do ministério em questão.

O encontro está sendo realizado na sede da companhia petroleira estatal boliviana YPFB com a participação do titular de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, e o presidente da filial da Petrobras na Bolívia, José de Freitas.

As discussões se concentrarão nesta terça e quarta-feira nas operações da Petrobras e, na quinta, especificamente nas operações dos campos de Colpa e Caranda. Na sexta-feira abordarão o pedido boliviano de reajustar o preço do gás importado pelo Brasil.

O ministro do setor, Carlos Villegas, expressou otimismo pela retomada das negociações interrompidas em meados deste mês depois que a Bolívia decidiu assumir o controle de duas refinarias administradas pela Petrobras. A medida foi revertida depois da renúncia do então ministro dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz, no dia 15 de setembro. Gabrielli parte esta noite de Montevidéu para Lima, onde vai "assinar um memorando de entendimento com a Petro-Peru e a PeruPetrol".

O presidente da Petrobras visita Montevidéu para a inauguração de uma rede de distribuição de combustível no país, depois da compra de 89 estações de serviço da Shell.

A Petrobras aumentou no último ano sua presença no Uruguai, onde passou a controlar a distribuição de gás depois de comprar ações da Gaseba, filial da Gaz de France que tem 34% de suas ações nas mãos do grupo americano Pan American Energy.

O gigante brasileiro já estava operando a distribuição de gás no interior do país, através da empresa Conecta, da qual possui cerca de 45% das ações, sendo a participação majoritária (55%) da estatal petrolífera uruguaia Ancap.

A Petrobras, que planeja investimentos de 40 milhões de dólares no Uruguai nos próximos dois anos, negocia com as autoridades locais a possibilidade de explorar a plataforma marítima uruguaia, construir uma central elétrica e comprar uma empresa de distribuição de supergás.




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