Política Titulo
Bird se dispõe a emprestar US$ 10 bi para programas sociais
Do Diário OnLine
21/11/2002 | 18:19
Compartilhar notícia


O presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, relatou nesta quinta-feira, após um encontro com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que a instituição dispõe de US$ 6 bilhões a US$ 10 bilhões para emprestar ao futuro governo brasileiro para medidas de combate à fome e à miséria. Wolfensohn, que se reuniu por quase duas horas com o futuro presidente brasileiro na Granja do Torto (Brasília), se disse muito bem impressionado com a pessoa e as idéias de Lula.

Wolfensohn afirmou que o Bird está pronto a continuar trabalhando em parceria com o Brasil em programas sociais e anunciou a Lula a disposição da entidade em abrir mais uma linha de crédito ao governo. Mas o executivo destacou que "a pobreza e a fome não são questões que se referem apenas a dinheiro" e cobrou cumplicidade de todos os setores da sociedade no combate à miséria.

"É preciso que as pessoas ricas e a sociedade civil colaborem com o governo. Nenhuma quantia solucionará a questão, se não houver vontade nacional", ressaltou Wolfensohn. O executivo do Bird afirmou que uma cultura de cooperação social está florescendo no país e minimizou a importância da linha de crédito prometida para o governo. "A manchete dos jornais de amanhã não deve ser sobre o dinheiro que vai ser emprestado. Ela deve ser: 'mudança na cultura do Brasil para atacar o problema da fome'", opinou.

O presidente do Bird saiu da reunião se dizendo "extremamente impressionado" com a figura e as idéias de Luiz Inácio Lula da Silva. James Wolfensohn comentou que ficou surpreso ao perceber que o presidente eleito é o mesmo homem acessível da campanha eleitoral e que ele mantém seu discurso mesmo quando não está sendo assistido pela população. "Ele é igualzinho", afirmou.

Outro aspecto que impressionou o executivo do Bird foi a maneira de Lula pensar. Após a reunião, Wolfensohn comentou que o petista combina duas características notáveis. "Senti que estava com uma pessoa responsável, e que tem um sonho: isso é uma combinação genial."

Apesar da boa impressão, Wolfensohn disse que Lula não deve se preocupar em agradar o Banco Mundial. "Ele tem de administrar o país, tem de ser o presidente da República." Wolfensohn comentou ainda que agora está muito mais otimista do que estava uma semana antes da eleição, quando só tinha informações sobre Lula por intermédio da imprensa.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;