O governo da Etiópia admitiu nesta segunda-feira a detenção na Somália de 41 suspeitos de terrorismo, procedentes de 17 países diferentes.

"O terrorismo internacional é hoje uma ameaça clara à segurança nacional da Etiópia", considerou o ministério etíope das Relações Exteriores em um comunicado.

Quase todos os países de origem dos suspeitos foram informados "em tempo", logo após sua transferência para a Etiópia. As exceções foram "poucos indivíduos" que têm dupla ou múltipla nacionalidade e cujos casos estão sendo investigados, acrescentou o comunicado.

Os suspeitos compareceram diante de um tribunal militar etíope, que determinou que 29 deviam ser libertados por ter tido "apenas um papel marginal". Cinco dos detidos, procedentes de Tanzânia, Sudão, Dinamarca, Suécia e Emirados Árabes Unidos, já foram libertados.

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch acusou a Etiópia de desenvolver um programa oculto de detenção de muçulmanos estrangeiros com o apoio do Quênia, dos Estados Unidos e do governo de transição da Somália.