A atriz Jodie Foster volta aos cinemas como uma justiceira armada e com sede de vingança em seu novo filme, "The Brave One", que será exibido em pré-estréia nesta semana no Festival de Toronto.

"Não sou o Arnold Schwarzenegger, não sou uma heroína de ação", afirmou a atriz, que já viveu uma agente do FBI em busca de um assassino serial em "O silêncio dos inocentes".

O filme dirigido pelo irlandês Neil Jordan leva a pensar em cults como "Desejo de Matar" (1974), estrelado por Charles Bronson, e "Taxi Driver" (1976), com Robert De Niro e uma então Jodie Foster bem mais novinha.

"É um filme muito sofisticado ambientado num gênero muito pouco sofisticado", explica Foster, descrevendo a ambivalência dos personagens e a violência da trama que dará aos espectadores "uma experiência bem primitiva". "O filme também é de um tipo comercial que as pessoas relacionam com um filme tipicamente masculino", acrescentou.

Erica, a personagem de Foster, é uma gentil apresentadora de rádio nova-iorquina que vira justiceira enfurecida depois que é atacada e seu noivo é assassinado durante um passeio num parque.

Segundo estudos policiais, as assassinas seriais sempre foram uma anomalia e um enigma, pois são mais bem sucedidas, mais precisas, metódicas e discretas, dando preferência ao uso de veneno para matar.