Após o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciar que o Brasil não vai renovar o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), pela primeira vez desde 1998, o dólar comercial, que operou em alta durante toda a manhã, inverteu a tendência e encerrou esta segunda-feira em queda de 0,61%, cotado a R$ 2,721 na compra e R$ 2,723 na venda.

Palocci afirmou que o país entrou em um ciclo de crescimento sustentável e por isso não precisa mais da ajuda do Fundo. Ele informou que a decisão de não renovar o acordo que vence no próximo dia 31 foi amadurecida nos últimos 15 dias pela equipe econômica e foi confirmada após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta segunda. No entanto, Palocci ressaltou que, mesmo como "aprendiz em política", acha que nunca se deve dizer que jamais será preciso. A notícia foi muito bem recebida pelo mercado financeiro. Esta ‘independência’ do Brasil resultou em elogios do FMI sobre alguns avanços da economia brasileira.

Também contribuiu para a queda do dólar a ausência do BC (Banco Central), com seus leilões de compra de dólares no mercado à vista.

Antes do anúncio do ministro, a moeda norte-americana não dava sinais de queda, seguindo a tendência internacional de elevação. Enquanto a divisa se valorizava frente ao euro e ao iene, o risco-país disparava.