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Sete pacientes entre 15 e 51 anos que sofriam de uma forma grave de lupus eritematoso disseminado, com alteraçoes do funcionamento dos rins, problemas vasculares no coraçao e nos pulmoes e transtornos neurológicos, foram submetidos a esse tratamento experimental pesquisado pela equipe da doutora Ann Traynor, do Northwestern Memorial Hospital de Chicago (EUA).
O lupus eritematoso disseminado (chamado também lupus eritematoso sistêmico, SLE em inglês) é uma doença auto-imune cujas causas sao desconhecidas, e que se caracteriza pelo fato de o organismo literalmente atacar a si próprio.
A doença afeta principalmente as mulheres, e o nome se deve a uma de suas manifestaçoes, o surgimento de uma mancha vermelha no rosto em forma de lobo.
Apesar dos progressos terapêuticos, em particular por causa da utilizaçao da ciclofosfamida, um anticancerígeno derivado da mostarda, a mortandade dos enfermos que sofrem formas disseminadas graves de lupus continua alta, à ordem de 1% ao ano.
A idéia consiste em, mediante tratamento adequado, liberar o organismo do paciente de determinados glóbulos brancos doentes, os linfócitos T que ``incorporam à sua memória' um reflexo de agressao contra o corpo do indivíduo.
As células-mae sangüíneas foram extraídas de pacientes aos quais previamente haviam sido ministrados fatores de crescimento, a fim de favorecer essa extraçao. As células foram depois reinjetadas nos pacientes a fim de repovoar a medula óssea.
A restituiçao mediante transfusao de suas próprias células-mae sangüíneas permite depois que o paciente repovoe por si mesmo sua medula óssea e produza, assim, todas as células sangüíneas necessárias (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, etc.), dispondo de linfócitos a priori inofensivos.
A terapia testada pelos médicos americanos recebeu a aprovaçao das autoridades sanitárias dos Estados Unidos, a FDA (Food and Drugs Administration), informaram os autores.
Mas ainda está por ser checada a durabilidade da remissao da enfermidade, destacam os especialistas.
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