As duas categorias decidiram manter a greve, que está deixando sem aulas cerca de 70% dos 18 mil alunos, além de afetar o atendimento no Hospital de Clínicas.
Professores e servidores reivindicam reajuste salarial de 25%. Os líderes do movimento criticaram as propostas dos reitores, de criaçao de uma comissao técnica para acompanhamento dos recursos transferidos às universidades pelo Estado, e a incorporaçao salarial de 3,75% em janeiro de 2001. "Isso nao compensa nossas perdas", disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Celso Ribeiro de Almeida.
Na quinta-feira, o comando de greve das duas categorias pretende fazer uma "assembléia universitária", com professores, servidores e estudantes. "Queremos discutir a situaçao da universidade pública", disse Almeida.
Segundo ele, a "intransigência" dos reitores está prejudicando as instituiçoes. "Queremos discutir o que estaria por trás da posiçao adotada pelos reitores", disse.
A greve conta com adesao de 80% dos 9 mil funcionários, segundo avaliaçao do STU. Entre os professores, a paralisaçao conta com o apoio de 70% dos 1.800 profissionais, de acordo com a Adunicamp. A reitoria contesta os números das duas entidades e afirma que a greve afeta apenas 25% da universidade.
Nesta quarta, o atendimento continuou comprometido no Hospital de Clínicas. Consultas novas e as agendadas para maio permanecem suspensas.
Segundo Almeida, apenas os casos de urgência e emergência estao sendo atendidos. "Os médicos estao fazendo uma triagem criteriosa para nao prejudicar os casos mais graves", disse o sindicalista.
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