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Habitação se mantém inalterada no início do governo Lula
Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
21/05/2003 | 22:11
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O presidente da Acigabc (Associação das Construtoras, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci, disse que o mercado imobiliário se manteve inalterado nos primeiros cinco meses de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estagnação se deve, segundo ele, ao fato de a política habitacional, que deverá ser adotada nos próximos quatro anos, não ter sido apresentada claramente para os investidores do setor. Bigucci participou quarta-feira do Encontro Regional da Indústria Imobiliária, realizado na sede da entidade, em São Bernardo, que contou com a presença do prefeito William Dib e do presidente do Secovi-SP, Romeu Chap Chap.

Outra crítica feita pelo empresário da região é com relação aos R$ 5,3 bilhões de crédito habitacional, que teria sido liberados pelo governo federal e serão administrados pela Caixa Econômica Federal durante o ano este ano. De acordo com ele, o dinheiro ainda não chegou no mercado imobiliário. “Pelo menos no primeiro trimestre não houve entrada de novos recursos no setor”, afirmou.

As linhas de financiamento de imóveis populares também são insuficientes para atender a demanda, na avaliação de Bigucci. Dados da Acigabc mostram que o déficit habitacional da região é de 80 mil moradias, sendo que 90% das famílias ganham até cinco salários mínimos por mês. “Só existe um agente financiando imóveis populares atualmente no Brasil, que é a Caixa. Os demais bancos só abrem linhas de crédito para as classes média e alta. Para se reduzir o déficit do Grande ABC, outros agentes deveriam financiar os imóveis para famílias de baixa renda”.

Déficit – Levantamento feito pelo Escritório de Negócios da Caixa no Grande ABC, com dados fornecidos pelas sete secretarias de Habitação da região, mostra que Diadema é a cidade com maior déficit habitacional. Ao todo são 25 mil famílias morando em condições precárias. Em segundo lugar aparece Mauá, com 20 mil famílias, seguida por São Bernardo, com 8 mil. No município de Santo André, quarto colocado no levantamento, 7,7 mil famílias moram em condições precárias, seguido por São Caetano, com 3,4 mil. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra possuem déficit habitacional de de 892 e 2 mil, respectivamente.




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