No local, atividades das mais diversas no segmento, que vao de açougues, supermercados, padarias, magazines a casas de ferragens, além de bancos, como o Bradesco e o Unibanco, ajudam a levar o morador a consumir nas proximidades, sem ter de se locomover até o Centro da Cidade, enfrentando dificuldades de estacionamento ou gastos com transporte.

"Trata-se de um dos bairros que mais vêm se desenvolvendo e cujo comércio tem se destacado em Diadema. A perspectiva é que melhore cada vez mais", afirmou o presidente da Associaçao Comercial e Industrial de Diadema (Acid), Alberto Tossunian. Ele disse que a área populosa e a concentraçao de indústrias sao dois fatores importantes que contribuem para esse desenvolvimento.

Gilberto Figueiredo, proprietário da loja Serrana, atestou a melhora. Há 14 anos na avenida, seu ponto comercial, de venda de ferragens, tintas e material elétrico e hidráulico, registrou até agora crescimento de 20% em vendas em relaçao a 1999 e vem apresentando expansao nos resultados mês a mês neste segundo semestre. "A tendência é de melhora. E vamos diversificar, colocando mais mercadorias, para aproveitar a maré boa."

O empresário avaliou que a preocupaçao em oferecer um bom atendimento tem ajudado. "Procuramos orientar o cliente para ele nao comprar errado e acabar desperdiçando material. Ele acaba voltando." Também ressaltou que o estacionamento gratuito na avenida é uma vantagem que o bairro oferece em relaçao ao Centro. "O pessoal deixa de ir ao Centro para comprar aqui mesmo."

O comerciante Zenko Kanashiro, da Quitanda e Frutaria Panda, é outro que observou um impulso em suas vendas. "Crescemos uns 10% neste ano", disse ele, que atribuiu a expansao a uma melhora no segmento automobilístico. É que muitas empresas das proximidades sao fabricantes de autopeças.

Instalado há seis anos na avenida, ele afirmou que o movimento já foi melhor quando ele montou a quitanda. "Muitas indústrias saíram e perdemos fregueses." Mas agora vê o início de uma retomada. Para se manter nesse período, diversificou sua atuaçao, passando a comercializar, além de frutas e verduras, itens de mercearia, cigarros e bebida, que antes nao oferecia.

Fundada há 15 anos, a loja Kolméia, de doces, biscoitos e bombons, apresentou mesmo crescimento, de 10% em vendas, neste ano. Segundo a proprietária, Teresinha Pereira Santos, há alguns anos, a situaçao econômica era até mais tranqüila: podia trabalhar com estoques maiores, o que hoje nao é possível. "Se nao tiver venda rápida, a duplicata do fornecedor vence antes." Mas ela avaliou que a recente instalaçao de uma Escola Técnica Estadual (ETE) na avenida deu impulso à sua atividade, ao trazer novos consumidores à loja.

A comerciante Nelma Oliveira dos Reis aprova o bairro como boa opçao para sua atividade, apesar de ter observado até agora resultados estáveis em relaçao a 1999. Ela é proprietária da papelaria Tok Leve, há dois anos no local.

Além de atender às empresas, por meio de convênios, pelos quais fornece material de escritório, comercializa material escolar e de informática. "Temos tudo o que o pessoal precisa em termos de papelaria", afirmou, destacando a diversidade como seu diferencial para fazer frente à concorrência, que já existe na avenida em sua área.

Recente - Alguns comércios foram fundados há menos de um ano na avenida. É o caso da Libni Magazine, de calçados e roupas, que existe há quatro meses. A vendedora Maria Lúcia Tavares afirmou que, por enquanto, o movimento ainda está fraco, mas no fim do ano deve melhorar. E aposta que a colocaçao de mais itens - "ainda temos poucos calçados" - promoçoes e a simpatia para cativar os clientes devem consolidar a loja. "A avenida é movimentada. Aqui é um bom ponto comercial", acrescentou.