Isso "não é o início de um conflito com qualquer país árabe", disse Powell, após assinalar que até agora os Estados Unidos estão "na primeira fase da operação" contra o Afeganistão. "Não vemos isso como um assunto contra os árabes ou contra o Islã, mas como uma operação antiterrorista. Queremos atacar a Al-Qaeda em seu terreno, com todos os meios de que dispomos", sublinhou Powell, que fez essas declarações após uma reunião com o chefe do Qatar, Hamad bin Khalifa al Thani.
Por sua vez, Thani disse que seu governo "apóia os Estados Unidos em seus esforços para combater o terrorismo porque a relação singular entre os dois países assim o exige". Ele admitiu que orientou o canal de televisão Al Yazira, com base no Qatar, para que se mostre mais favorável à campanha que os Estados Unidos promovem contra o terrorismo.
Informações contraditórias circulam em Washington sobre possíveis ações contra outros países acusados de terrorismo além do Afeganistão, o que tem provocado a preocupação de vários Estados árabes.
O secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, viajou nesta quarta-feira para a Arábia Saudita, onde se reuniu com o chanceler saudita Ben Abdel Aziz. Após a reunião, em Riad, Abdel Aziz disse estar "seguro" de que os Estados Unidos não atacarão qualquer país árabe.
No Cairo, o ministro egípcio das Relações Exteriores, Ahmed Maher, também disse acreditar que não haverá ataque contra países árabes.
Na semana passada, após visitar Washington, o rei Abdalá II, da Jordânia, garantiu que os Estados Unidos não pretendiam atacar os países árabes, mas, na segunda-feira, a Casa Branca desmentiu ter dado qualquer garantia sobre futuras ações militares da campanha contra o terrorismo.
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