A pouco mais de uma semana para a eleição, debate entre os prefeituráveis de Ribeirão Pires acabou em confusão na quinta-feira. Promovido pelo jornal local Diário de Ribeirão Pires, o evento já havia começado com clima tenso entre o atual chefe do Executivo, Saulo Benevides (PMDB), e os demais postulantes, principalmente o ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira (PSB).

A pancadaria começou pouco antes do fim do segundo bloco, em que os jornalistas estavam realizando perguntas individuais com direito a comentário do rival e réplica. Depois de questionamento sobre a pauta LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e Educação para o vereador Renato Foresto (PT) com comentário de Kiko, alguns espectadores que faziam parte do grupo de Saulo começaram a tumultuar a atividade.

Um segurança tentou retirar a ala que causava problemas, mas foi agredido por um dos integrantes. A partir disso, começou briga entre os grupos aliados do peemedebista e de Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Posteriormente outros espectadores se envolveram na confusão. O debate foi suspenso depois do entrevero, que resultou não apenas em agressões, mas também em vandalismo na Associação Nipo-Brasileira, que sediou o evento. Ninguém foi preso.

Proprietário do Diário de Ribeirão Pires, Rafael Ventura lamentou o ocorrido e disse que está contabilizando os danos. “Infelizmente quem sai prejudicado nisso tudo é o eleitor. Esses candidatos que tumultuaram não são pessoas capacitadas para administrar a cidade. São vândalos que não querem fazer política limpa. A gente viu que eles só discutiam quando eram criticados por outros candidatos e infelizmente não temos tempo hábil para fazer outro debate”, afirmou.

Durante o debate, Saulo mostrou por diversas vezes irritação com Kiko. O prefeito, alvo constante das críticas dos adversários, tentou mudar o roteiro da atividade eleitoral para poder contra-atacar. Quando tinha direito a fala, fazia questão de questionar a gestão do socialista em Rio Grande da Serra.