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Governo não cogita 'curto prazo' para problemas da taxa de câmbio
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
05/04/2007 | 17:02
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O novo ministro do desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, deu um banho de água fria na indústria brasileira. Ele deixou claro, após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira, que os problemas provocados pela desvalorização do dólar em relação ao real não serão resolvidas a "curto prazo". "A intervenção do Banco Central será pontual e não resolverá muito."

Apesar da má notícia, Miguel Jorge indicou o 'caminho das pedras' ao empresariado. De acordo com ele, a saída é tornar a produção mais eficiente e dinâmica para enfrentar a concorrência internacional. "Dificilmente haverá uma mudança substantiva no dólar O que a indústria precisa fazer é ganhar produtividade, eficiência e se reinventar para concorrer", aconselhou Miguel Jorge.

Embora ache possível o governo adotar medidas que permitam a modernização da indústria, como a redução de impostos para bens de capital e equipamentos, sobretudo nos setores prejudicados pela queda do dólar, o ministro ressalta que só isso não resolveria o problema. "Há algumas áreas onde ainda pode ser feito [redução de alíquotas]. Agora, a desoneração de impostos por si só não resolve, pois ela também é uma medida pontual, que resolve para algum setor que esteja passando por dificuldade."

Já quanto à redução dos impostos cobrados de produtos importados com o objetivo de aumentar a importação e, assim, reduzir o saldo da balança comercial, Jorge também entende que é possível aplicar em alguns setores. "Mas não nos que já estão com problemas".

O ministro disse que não será porta-voz das queixas feitas por parte do setor industrial, como os setores automobilístico, têxtil e calçadista, prejudicados pela atual taxa de câmbio. "Quando você é ministro de um governo, você está em um time. São onze atacantes, que seguem orientação, e um técnico. Se os jogadores não seguem a orientação, substitui-se".




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