Após deixar a vaga de candidato a vice-prefeito na chapa do prefeiturável do PSB ao Paço de Mauá, Atila Jacomussi, o presidente do PMDB mauaense, José Carlos Orosco Júnior, registrou candidatura a vereador. O projeto, entretanto, é apenas simbólico. Segundo o peemedebista, a iniciativa se dá somente para “sanar boatos” de que estaria inelegível.

“Eu não vou fazer campanha, não vou pedir votos. Tenho compromisso com diversos candidatos a vereador e não seria justo disputar com eles. Na verdade eu registrei (candidatura à Câmara) porque o processo de elegibilidade só se dá diante do julgamento do registro. Meu advogado me orientou a fazer isso e eu queria sanar isso agora para que não haja boatos de que estou inelegível”. justificou Orosco.

Escolhido como postulante a vice de Atila depois de a sua mulher, a ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), desistir da corrida municipal e anunciar apoio ao socialista, Orosco teve de ser trocado do posto por conta da Lei da Ficha Limpa. Devido à condenação que o peemedebista possuía na Justiça Eleitoral por ter feito doação eleitoral acima do teto permitido, o juiz da 217ª Zona Eleitoral de Mauá, Glauco Costa Leite, impugnou a chapa de Atila. Em seu lugar, foi escolhida sua sogra, Alaíde Damo, mulher do ex-prefeito Leonel Damo (ambos do PMDB). Ele recorre da decisão no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) e tenta reverter a condenação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A candidatura de Orosco a vereador ainda está sendo analisada pela Justiça Eleitoral. O peemedebista substituiu outro postulante à vereança – o prazo para a troca venceu no dia 12.
Mesmo fora do pleito deste ano, o peemedebista poderia recorrer das condenações sem precisar registrar projeto ao Legislativo. “Vou seguir todos os trâmites legais da candidatura. Vou prestar contas. Mas não tenho nenhuma intenção de buscar a eleição propriamente porque não é meu objetivo”, frisou.