Na mesma linha, Francesco Abbruzzezi, diretor de operações comerciais da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), diz que reavaliações nas estratégias de exportação vão depender mais da trajetória do câmbio no médio e longo prazo.
Representante de uma indústria que está aumentando o quanto pode as exportações para diminuir a ainda acentuada ociosidade das fábricas, a Anfavea, associação das montadoras, considera que o setor tem condições de competir no exterior mesmo se o dólar voltar para R$ 3,10. Por outro lado, a Abimaq, associação que abriga os fabricantes de máquinas e equipamentos, avalia que o impacto negativo já se nota na queda de 13% das exportações do setor de junho para julho.
Câmbio ideal
Na Fundação Getulio Vargas (FGV), um núcleo de estudos coordenado pelo professor Nelson Marconi se debruçou sobre o tema e constatou que o dólar teria que valer R$ 3,67 para que as exportações da indústria de transformação do Brasil tivessem a mesma rentabilidade obtida por concorrentes do exterior. "Esse é o câmbio que permitiria compensar a diferença de custo de trabalho em relação a outros países", afirma Marconi.
Outra pesquisa, feita pelo Bradesco a partir das repostas de aproximadamente 4 mil empresas, coloca em R$ 3,61 a taxa de câmbio que, na média, permitiria uma competitividade mínima em 21 setores da economia brasileira. A resposta sobre qual patamar de câmbio viabiliza as exportações varia, não apenas de um setor a outro, mas também entre as empresas que participam de um mesmo segmento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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