Diz ainda que "o mercado cambial continua apresentando alta volatilidade no curto prazo. No início da semana, o dólar chegou a apresentar forte recuo (após todo o temor e especulaçao da sexta-feira, 5/2), com os negócios no mercado interbancário sendo feitos à taxa mínima de R$ 1,73 por dólar. Porém, a ausência de notícias mais favoráveis e a baixa entrada de divisas, fizeram com que as cotaçoes fossem novamente pressionadas, e os negócios voltassem a ocorrer acima de R$ 1,80 por dólar".
Conclui também que "a saída natural de capitais (eurobônus e financiamentos de importaçoes feitas no ano de 98) deverao ser ainda uma fonte de pressao sobre o real no curto prazo, uma vez que nao se verifica ainda uma volta mais consistente das linhas externas para o Brasil. Diz ainda que a balança comercial apresentou déficit de US$ 754 milhoes em janeiro (-US$ 663 em jan/98). A piora se deve à queda (21% na média diária) das exportaçoes, refletindo os problemas de linhas de crédito do final de 98. As importaçoes continuaram a mostrar forte recuo, refletindo o desaquecimento econômico".
Inflaçao - Na sua análise sobre a inflaçao o cenário semanal do Lloyds disse que "na primeira semana de fevereiro, a cesta básica apresentou significativa alta de 2,7%. Tal movimento, já está refletindo algum efeito da desvalorizaçao cambial e deve se acentuar ao longo do mês. No curto prazo, o aumento de preços é certo, dada a pressao de custos sobre os vários segmentos atingidos pela mudança no câmbio, sendo que o limite dessa alta será dado pela capacidade do mercado assimilar o aumento dos preços. Muito provavelmente, a forte desaceleraçao econômica que se espera para o País, servirá de freio a uma expansao descontrolada dos preços, a menos que o governo tenha um fraco desempenho no campo monetário e fiscal, 'permitindo' a reindexaçao da economia".
De acordo com o Lloyds, " a inflaçao do 1º semestre será alta (média de 2,5% am para IGP-M), mesmo com os juros elevados (inflaçao de custos), mas cederá no 2o. semestre, junto com a queda do nível de atividade e do poder aquisitivo da populaçao. A inflaçao poderá, no entanto, retroceder a patamares inferiores a 1% am, desde que, repetimos, os mecanismos de indexaçao nao sejam restabelecidos no país".
Após o entusiasmo inicial gerado pela nova política cambial, o mercado começa a assumir que, no curto prazo, será mantida uma postura conservadora em relaçao às taxas de juros.
E concluiu que " o comunicado conjunto governo/FMI, mostrou isso, indicando que a economia deve apresentar expressiva desaceleraçao este ano, impactando o resultado das empresas negociadas em bolsa. É certo que os baixos preços dos papéis, anteriormente à desvalorizaçao, mais as expectativas de bom desempenho do setor exportador, sao positivos. Mas, o resultado final para o mercado tem que ser analisado com muito cuidado. Em janeiro, o Ibovespa subiu 20,25% e, na primeira semana de fevereiro, 3,23%".
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