A Rússia reagirá de maneira "extremamente negativa" a qualquer ataque militar próximo a suas fronteiras e fará o que for necessário para impedi-lo, afirmou nesta terça-feira o vice-ministro das Relações Exteriores, Andrei Denissov. No atual momento, a declaração só faz aumentar a tensão internacional relacionada ao Irã.

A Rússia não possui fronteiras terrestres com o Irã, mas compartilha o litoral do mar Cáspio também com Azerbaijão, Turcomenistão e Cazaquistão.

Consultado sobre se a Rússia teme eventuais ataques americanos contra o Irã, o ministro respondeu que sim.

Enquanto isso, o general Yuri Balouievski, chefe do Estado Maior russo, alertou Washington contra "qualquer ataque militar ao Irã", o que seria "um grave erro político" e não seria garantia de "vitória" para os americanos.

Washington reforçou recentemente a presença naval na zona do Golfo e enviou um segundo porta-aviões como parte de sua organização aérea e naval, que constitui a maior concentração militar americana desde a invasão ao Iraque em 2003.

Os Estados Unidos desmentiram as acusações de que pretendam realizar ataques aéreos contra o Irã.

Assim mesmo, em fevereiro, o vice-presidente americano, Dick Cheney, advertiu que "todas as opções continuavam sobre a mesa", para impedir "o grave erro" representado por deixar o Irã desenvolvar armas nucleares.

Os EUA suspeitam de que o Irã pretenda fabricar armas nucleares com a ajuda de um programa atômico civil, acusação que Teerã vem desmentindo em diversas ocasiões.