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Grifes tentam reverter queda de até 10% nas vendas
07/12/2003 | 21:55
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As grandes grifes mundiais, destinadas a um público de conta bancária privilegiada, estão investindo também no consumidor com a carteira menos recheada, mas disposto a pagar por status. Não que a crise econômica tenha passado longe de quem vende bolsas e sapatos, a partir de R$ 2 mil, camisetas básicas na faixa dos R$ 400 e uma calça jeans por R$ 1 mil. No quadrilátero da Oscar Freire e ruas próximas, na zona sul de São Paulo, onde se concentra o maior número de lojas de grife por metro quadrado do país, as vendas no comércio em geral tiveram, até novembro, queda de 8% a 10% em relação ao ano anterior.

Para as grifes de moda, espalhadas em 34 pontos da região, comenta-se que a queda foi mais suave. Mas neste segmento que movimenta milhões de dólares por ano, ninguém detalha números. “A economia sem dúvida afetou as vendas porque importamos em euro, mas absorvemos parte do aumento e já recuperaramos a perda”, disse o responsável pela grife Armani no Brasil, André Brett.

“A verdade é que o poder aquisitivo do brasileiro achatou. No caso das marcas de luxo há uma racionalização na compra. Clientes que levavam de três a quatro pares de sapato, compram dois agora”, compara o diretor da marca Bally no Brasil, Alan Haddad.

A exclusivíssima Dior, com apenas uma loja no Brasil, na rua Haddock Lobo, vizinha de uma das grifes mais imitadas e copiadas no momento, a Louis Vuitton, também inovou neste fim de ano para ganhar novos clientes. Passou a parcelar compras em seis vezes sem juros no cartão, independente do gasto do consumidor. É com base neste poder de sedução que marcas como Louis Vuitton, Armani, Dior e Versace, entre outras, vem conquistando mercado no país.




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