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Sto.André criará centro psicossocial para criança
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
23/10/2002 | 21:54
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A Prefeitura de Santo André montará um Caps-I (Centro de Atendimento Psicossocial Infantil) no primeiro semestre de 2003 para completar o atendimento de saúde mental da cidade. No local, crianças e adolescentes serão tratados por uma equipe formada por psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e outros profissionais.

De acordo com o coordenador do Programa de Saúde Mental de Santo André, Décio de Castro Alves, a criação do Caps-I faz parte da resolução que divide os atendimentos de saúde mental entre adultos, crianças e dependentes químicos. “Como temos os dois outros Caps em Santo André, só nos falta o infantil para depois partir para a criação de cada tipo de Caps nas três regiões da cidade. Isso faz parte da nova dinâmica do trabalho para a saúde mental no país inteiro.”

O Caps-I deverá ser instalado em Santo André ainda no primeiro semestre do ano que vem. O Ministério da Saúde aprovou a criação e vai liberar cerca de R$ 30 mil para a compra de equipamentos e contratação de profissionais.

Hoje, o agendamento de uma consulta para crianças ou adolescentes na rede municipal pode demorar um ou dois meses. “O que acontece atualmente é que os psicólogos atendem cerca de 20 casos por dia, que são agendados mensalmente. Como o psicólogo trabalha praticamente sozinho, ele leva umas dez sessões para diagnosticar o problema do paciente, que poderia ser melhor resolvido se ele tivesse oportunidade de discutir o caso com uma equipe de profissionais, que é o que acontecerá no Caps-I”, explicou Alves.

Outra diferença entre o atendimento do Caps-I e o que é realizado nesta quinta nos postos de saúde é que no centro as pessoas passarão por uma consulta de triagem. “Também pretendemos ir às escolas conversar com professores, discutir quais os principais problemas, porque às vezes um caso de desatenção da criança pode ser gerado pelo professor”, disse o coordenador da Saúde Mental.

Para Alves, a abertura do Caps-I tornará o atendimento da saúde mental na cidade mais dinâmico. “Os casos mais graves, como violência sexual urbana, abandono e distúrbios mentais são prioritários, mas a triagem ajudará a determinar o tratamento psicológico nos postos de saúde. As pessoas não precisarão passar por cinco meses de atendimento psicológico para depois terem de ser encaminhadas para um psiquiatra, por exemplo. Isso ajudará a dinamizar todo o atendimento.”




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