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Segue impasse sobre contaminação em terreno
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
28/01/2010 | 07:46
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Sérgio Aliberrti/Do Diário do Grande ABC


A dúvida se há ou não contaminação no terreno privado de 20 mil m², que abrigou a ex-Fundição Líder e foi incluído em outubro no Plano Diretor como Aeis (Área Especial de Interesse Social) pela Prefeitura de Diadema, permanece. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), ligada à Secretaria de Meio Ambiente, não localizou ainda o atual proprietário ou algum representante da família Rabecchi.

Em reportagem do dia 11 de novembro, o Diário publicou que o órgão estadual enviaria ofício a Danilo Rabecchi, nome que consta do cadastro da administração municipal como proprietário do terreno - ele já teria falecido, segundo informações. A partir do recebimento, o responsável teria 60 dias para apresentar relatório de investigação confirmatória de contaminação à Cetesb. Em caso de desobediência, as sanções iriam desde auto de advertência até multa de R$ 8.000.

Porém, nada disso se concretizou depois de mais de dois meses. A Cetesb informou, por nota, que o responsável pelo imóvel não está sendo localizado. "Nas tentativas realizadas, a correspondência tem sido devolvida. "

Para a administração Mário Reali (PT), o terreno não está contaminado. Indagada ontem sobre o assunto específico, a Prefeitura respondeu, por nota, que "os terrenos indicados pelo Executivo como Aeis e que foram aprovados pela Câmara estão aptos para receber empreendimentos habitacionais, de acordo com as legislações urbanística e ambiental vigentes".

No entanto, o histórico de contaminação da área não vem de hoje. Durante oito anos, a Secretaria de Obras de Diadema não conseguiu aprovar projetos habitacionais por problemas de contaminação no local.

"O terreno tem um histórico complicado e acabamos engessados para qualquer interesse pela área", afirmou Ronaldo Lacerda, coordenador da Associação Pró-Moradia Liberdade, localizada em Diadema e que capta terrenos para projetos habitacionais populares no município.

A reportagem voltou ontem ao imóvel, atualmente locado para estacionamento - o Lava-Rápido Sol Nascente foi desativado no fim do ano passado. Com a morte do ex-proprietário, o terreno estaria sendo administrado pelos filhos Rosana, Rosa e Lauro Rabecchi. Nenhum foi localizado. Além de dívidas tributárias com a Prefeitura, a ex-empresa enfrentaria ações trabalhistas por falta de pagamento de salários a cerca de 150 funcionários.




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