A doença, que é genética e ainda não tem cura, faz com que o muco produzido pelo organismo seja mais espesso e causa pneumonia de repetição, tosse crônica e suor mais salgado do que o normal.
"Ao beijar a pele de quem você ama e isso vale inclusive para bebês, as pessoas devem saber que, se é salgado, pode ser fibrose cística. É muito importante que o diagnóstico seja precoce", explica Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, fundadora do Instituto Unidos Pela Vida, que organiza a campanha. As pessoas também podem publicar fotos beijando a testa de amigos e parentes usando a hashtag #desafiodobeijo para apoiar a campanha.
Verônica conta que fundou o instituto após saber que tinha a doença, há sete anos. Ela tinha vários episódios de pneumonia por ano, que afetaram seus pulmões, e precisou fazer a remoção da vesícula. "Só tive o diagnóstico com 23 anos. Se tivesse sido precoce, não precisaria ter passado por tudo isso", afirma.
Com o tratamento, o paciente pode viver com qualidade de vida. "A fibrose é parte do que somos, não o limite. A pessoa pode se tratar e realizar seus sonhos, trabalhar, casar e enfrentar os problemas apesar de tudo. Estima-se que, para cada 10 mil nascidos vivos, um tem fibrose cística. Atualmente, há 4 mil pessoas em tratamento no Brasil.
Além das ações nas redes sociais, a campanha também terá caminhadas ao longo do mês em 26 cidades para divulgar a doença. Em São Paulo, a ação será no próximo domingo, dia 11, no Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital, das 11h às 15h.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.