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Munique: prazeres idílicos e etílicos
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
06/08/2009 | 07:00
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Divulgação


Ainda sob efeitos da ressaca de seu 850º aniversário, celebrado no ano passado, a cidade de Munique, capital da Bavária, se prepara para virar o caneco em mais uma edição da famosa Oktoberfest, que neste ano será realizada entre os dias 19 de setembro e 4 de outubro, com direito a montanha-russa, bandas autenticamente germânicas, muitas brincadeiras, desfiles com carros alegóricos, concertos ao ar livre e uma infinidade de opções gastronômicas em meio às mais de 200 atrações.

Seguindo o costume mantido desde 1950, o prefeito abre o primeiro barril de cerveja com a frase O'zapft is! (O barril está aberto) e dá início à festa que, apesar do nome, só pega o primeiro sábado de outubro. O motivo são as condições climáticas de setembro, mais propícias a eventos ao ar livre se comparadas à chuvinha gelada que tanto caracteriza o mês seguinte.

E haja chope para esquentar o início de outono. Não à toa, a Baviera se gaba de abrigar um sexto das cervejarias de todo o planeta. As principais marcas alemãs são a Löwenbräu, a Paulaner e a Hofbräuhaus. Para acompanhar a cervejinha, não faltam comidas típicas como o onipresente bratwurst (salsichão assado) e os deliciosos lebkuchenherzen - biscoito de chocolate em formato de coração que traz mensagens do tipo ich liebe dich (eu te amo) escritas com merengue. Alguns são enormes, e ajudam a regular o nível de glicose do organismo quando a entrega aos prazeres etílicos supera o bom senso.

HISTÓRIA - A primeira Oktoberfest data de 1810, quando Munique tornou-se palco de uma série de comemorações em homenagem ao casamento do festeiro príncipe Ludwig I, da Bavária, com a princesa Therese von SachsenHildburghausen, da Saxônia.

O evento fez tanto sucesso que a população resolveu celebrar outubro todos os anos, garantindo à Bavária a fama de ser a região mais festiva da Alemanha, com a inebriante marca per capta de consumo de cerveja beirando os 300 litros anuais - o dobro do registrado em todo o restante do país.

Estabelecimentos, aliás, não faltam para estimular a cultura etílica: ao todo, a cidade possui mais de 400 bierkellers (pubs fechados) e biergartens (bares ao ar livre).

Mas os hábitos festivos estão longe de se restringir a outubro. Na verdade, a impressão que se tem é que Munique vive numa eterna festa. Haja vista a praça Marienplatz, que lota de turistas às 11h, 12h, 17h e 21h, horários em que os sinos do carrilhão Neue Rathaus soam anunciando a apresentação de divertidas coreografias de bonecos embaladas por músicas tão animadas quanto o povo da Bavária.

Agitos à parte, Munique também oferece um vasto patrimônio cultural, comércio fervilhante e muitas histórias esportivas para contar. No Centro Histórico, o monumental Residenz, antiga residência dos reis da Bavária, é ponto imperdível. O local abriga um museu com valiosíssimo acervo espalhado por 130 salas.

Também vale visitar o Deutsches Museum, cuja coleção apresenta algumas das maiores descobertas tecnológicas dos últimos dois séculos. Já para os amantes do esporte, a dica é fazer uma visita guiada pelo Estádio Olímpico, palco dos Jogos de 1972, ou conhecer o gramado que sediou o jogo de estreia da Copa do Mundo de 2006.




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