D+ Titulo Harvard
Gênios dão dicas para entrar na faculdade
Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
04/03/2012 | 07:00
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Arquivo Pessoal


Prestar vestibular é um tormento. Certo? Nem sempre. Para Gustavo Braga (foto ao lado), 17 anos, de São José dos Campos, foi moleza. Ele passou em Medicina na USP e também foi aprovado na Universidade Harvard, nos Estados Unidos (lá o esquema para entrar é diferente, confira abaixo), onde estudou Barack Obama e outras importantes personalidades mundiais.

O garoto ainda não decidiu qual vai cursar, pois aguarda cinco instituições do Exterior: MIT (Massachusetts Institute of Technology), Yale, Princeton, Stanford e Caltech (California Institute of Technology). Mesmo assim, começou a frequentar as aulas na USP. "Não gosto de ficar parado, além disso, já quero sentir o clima da faculdade."

Gustavo acredita que se deu bem por sempre participar de Olimpíadas de Física, Matemática, Neurociência, Astronomia, Biologia, entre outras. "As competições têm nível alto e ajudaram", diz o aluno, que lê livros avançados desde o sexto ano.

Após ganhar as competições regionais, descobriu que existem disputas estaduais, nacionais e internacionais. Resultado: garantiu vaga para competir pelo Brasil. Nessa brincadeira, visitou o Azerbaijão, Croácia, China, Polônia, Portugal e Tailândia. "Conheci muitas culturas diferentes". De cada lugar,trouxe medalhas de ouro, prata ou bronze. "Tenho mais de 50, sendo sete internacionais."

DICAS VALIOSAS

Quais os segredos de Gustavo? "Além de seguir rotina, é preciso estudar por prazer, não por obrigação. Senão, fica chato e difícil de aprender." Isso não quer dizer que não rola momentos de descontração."No fim de semana sempre saí com pais e amigos." Ele também nunca abriu mão de suas séries favoritas: House e Law and Order.

Currículo é essencial - A disputa por vagas em universidades dos Estados Unidos é diferente. Lá os alunos fazem duas provas. A primeira é parecida com o Enem e a segunda aborda temas específicos, escolhidos pelo candidato. "Tem de ir bem, mas é importante ter bom currículo. Eles gostam de quem se diferencia em outras áreas também", explica Gustavo, que se destacou por praticar esportes. Ele ganhou prata na competição estadual de natação em 2008.

Junto do currículo, o estudante manda o histórico escolar e uma carta com a declaração de dois professores indicando o aluno e falando sobre habilidades e características pessoais. Por último, tem de fazer entrevista pessoalmente com o responsável pela universidade ou como Gustavo, que fez por Skype. Toda a conversa é em inglês. O garoto está ansioso para estudar fora, mas vai voltar ao Brasil ao completar o estudo e especialização. "Quero ajudar a sociedade com o conhecimento que adquirir."

É preciso prestar atenção na aula - Luiz Guilherme Piagentini (ao lado), 17 anos, de Santo André, prestou vestibular em seis faculdades diferentes e passou em todas. Entre elas, a Universidade de São Paulo, Unesp e Universidade Federal do ABC. Nesta semana, começou as aulas de Direito na USP e pretende ser diplomata um dia. O garoto acredita que se deu bem nas provas porque dedicou muito do seu tempo ao estudo. Cursou período integral durante o Ensino Médio. Quando chegava em casa tinha o hábito de relembrar o que aprendeu no dia. O fim de semana também era dedicado ao aprendizado. Fazia parte de um grupo focado em vestibular. "Não adianta estudar só no último ano, tem de ser com calma e com qualidade."

 

Aline Gabriela Barbosa Perez (ao lado), 16, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, também teve sucesso, mas com a prova do Enem. A garota deveria ir para o último ano do colegial, mas atingiu pontuação suficiente para cursar a faculdade. Após autorização da justiça, matriculou-se na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul no curso de Zootecnia. Para ela, a preparação tem de ser na sala de aula. "Eu não passava a tarde toda estudando, apenas prestava atenção no que o professor ensinava e fazia as lições."




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