Embora o secretário nacional do Audiovisual, José Álvaro Moisés, estime o público potencial em 30 milhões, incluindo “TV a cabo, TV Escola, do Ministério da Educação, sistema de satélite e antenas parabólicas”, admite que a “pretensão é chegar, inicialmente, a 300 mil pessoas”. Ainda que uma das preocupações do projeto seja “colocar a população em contato com a diversidade cultural brasileira”, metade das peças é de autores estrangeiros.
A atriz Irene Ravache apresenta os programas. Conduzindo Miss Daisy é o primeiro. A iniciativa é da Secretaria do Audiovisual, órgão do Ministério da Cultura responsável pelo TV Cultura e Arte. “Os objetivos são dar acesso a milhões de pessoas à dramaturgia encenada no Brasil, documentar esse acervo de criação artística e formar público”, afirma Moisés.
As montagens foram gravadas durante sessões normais por cinco câmeras. Naturalmente, houve perdas na transposição da linguagem teatral para a televisiva – a edição é ágil –, mas nada muito significativo. Antonio Carlos Rebesco e Luciano Ramos assinam a direção dos programas. Segundo Moisés, o projeto está orçado em R$ 461 mil.
Conduzindo Miss Daisy rendeu a Milton Gonçalves dois prêmios: Shell-RJ e Governador do Estado (RJ). Major Bárbara ganhou o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) nas categorias espetáculo, diretor e ator (Zecarlos Machado). A atriz Regina Braga recebeu o APCA por Um Porto Para Elizabeth Bishop.
South American Way é o que mais prêmios amealhou, todos pela temporada carioca. Foram quatro Shell: autor (Maria Carmen Barbosa e Miguel Falabella), atriz (Stella Miranda), figurino (Cláudio Tovar) e música (Josimar Carneiro). Stella e Tovar ganharam também o Governador do Estado.
Copenhagen (direção de Marco Antonio Rodrigues) e ...Em Moeda Corrente do País (de Abílio Pereira de Almeida) também estão no projeto. O Evangelho Segundo Jesus Cristo (adaptação de Maria Adelaide Amaral para o livro de José Saramago), Vítor ou Vitória (com Marília Pêra) e O Vôo da Asa Branca (musical sobre Luiz Gonzaga, com texto e direção de Deolindo Checcucci) completam o Teatro na TV.
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