Na sexta-feira à noite, ele demitiu quatro secretários que também foram citados em depoimentos das principais testemunhas do caso, Carlos Eduardo Levischi e Sônia Pereira Nattrodt. Neste domingo, as 44 pessoas que estão na Cadeia Pública de Boa Vista tiveram suas prisões temporárias prorrogadas pela Justiça.
Os principais indícios foram fornecidos à PF por alguns acusados que decidiram colaborar em troca da revogação de suas prisões. Além de Portela, a PF encontrou fortes indícios contra sua ex-chefe do Gabinete Civil, Diva da Silva Briglia.
Esta mesma Secretaria ficou até sexta-feira sob comando de Waldemar Mutran Paracat, também exonerado do cargo, assim como Diva, o ex-secretário da Fazenda Joci Mendes e a titular da secretaria de Articulação Municipal, Vera Regina.
“Todas as pessoas que quiserem colaborar terão suas prisões revogadas”, afirma o delegado federal Júlio César Baida, que preside 40 inquéritos instaurados para apurar o desvio de cerca de R$ 320 milhões pela folha gafanhoto, como é chamada em Roraima a folha paralela.
Segundo Sônia Nattrodt, que até 2002 era a responsável pela folha de pagamento, era Diva quem coordenava a conta gafanhoto, em que incluía nomes de pessoas indicadas verbalmente ou por meio de bilhetinhos de políticos.
A PF mantém sob sigilo o teor de alguns dos depoimentos. A intenção é que as investigações sejam centralizadas em torno dos demais acusados, deixando a apuração sobre Portela para a frente, evitando que o inquérito seja transferido para o Superior Tribunal de Justiça, que tem competência para julgar governadores.
Portela nega as acusações e as atribui à extinção do Departamento de Estradas de Rodagem, então dirigido por Carlos Eduardo Levischi.
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