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Franceses protestam contra reforma previdenciária
Do Diário OnLine
Com AFP
10/06/2003 | 21:37
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Os franceses enfrentam nesta terça-feira uma nova greve no transporte, deflagrada pelos funcionários públicos como protesto contra o projeto de reforma da Previdência que começa a ser discutido pelos parlamentares. Esta é a sexta paralisação do gênero no país desde o início do ano.

A circulação de metrô, trens e ônibus está prejudicada nas principais cidades. Nos arredores de Paris, houve grande congestionamento nas estradas, já que os cidadãos tiveram de tirar os carros da garagem para chegar ao trabalho. O protesto também atinge o setor de ensino e ameaça a realização de vestibulares no país.

A polícia utilizou jatos d'água e granadas de gás lacrimogêneo contra centenas de pessoas, ao final de manifestação, em Paris. Os manifestantes chegaram às proximidades do Parlamento, de onde foram expulsos pelos policiais.

Mais tarde, cerca de 60 manifestantes foram presos depois de interromperem uma apresentação de "Cosi Fan Tutte", de Mozart, na Ópera Garnier, no centro de Paris. Os espectadores foram retirados pela porta de trás do prédio.

Cerca de 37 mil pessoas, segundo a polícia, e 200 mil, segundo os sindicatos, participaram dos protestos em Paris. Em toda a França, os protestos contra a reforma previdenciária reuniram 440 mil pessoas, de acordo com o ministério do Interior, mas os sindicatos contabilizaram mais de um milhão de participantes.

Para quinta-feira, as organizações sindicais francesas CGT, FO, Unsa e FSU decidiram convocar uma nova "jornada nacional de greves e manifestações". Numa declaração conjunta, os quatro sindicatos, que pretendem realizar uma "manifestação de alcance nacional" em Marselha, comemoraram o "sucesso” desta terça.

A reforma previdenciária francesa pretende aumentar o período de contribuição para o recebimento posterior da pensão integral. O governo se mostra intransigente quanto à mudanças na proposta. Apesar disso, a aprovação do projeto no Parlamento deve demorar um pouco, já que será preciso analisar as cerca de 8,5 mil emendas apresentadas.




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