A decisão da juíza, em primeira instância, foi tomada na terça-feira e, apesar de o fato ter sido em outro Estado, os processos cíveis podem ser abertos no local onde o autor da ação reside. Lima foi condenado também a prestar oito meses de serviço à comunidade no processo criminal aberto em Vitória ao qual responde por lesão corporal culposa (sem intenção). Segundo seu advogado, Wanderley Lobianco, a sentença, proferida em 2001, já foi cumprida.
"Vou recorrer, sem a menor dúvida. Essa condenação é absurda porque abandonou as normas processuais. Nem um estudante de Direito daria uma sentença dessas", disse Lobianco. De acordo com ele, muitas testemunhas não foram ouvidas durante o processo e o perito que vistoriou a lancha do empresário não tinha nem registro no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura).
Filho de Carlos Guilherme Lima, ex-diretor do Banestes (Banco do Estado do Espírito Santo), o empresário que feriu Grael disse que não comentaria a decisão da juíza. "Vou analisar a sentença com calma. Fiquei sabendo pela imprensa." Lima informou que, no ano passado, se formou em Direito. "Desde o acidente, me dedico somente aos estudos. Estou tocando minha vida normalmente."
Compensação – Gael comemorou a decisão. "Valeu a pena esperar, apesar de que não há dinheiro que compense a minha perda e o fato de ser deficiente. O importante é que a impunidade não prevaleceu."
Atual secretário estadual de Esportes de São Paulo, o iatista diz que não há como esquecer o acidente. "A paixão pelo esporte continua, mas tive outras oportunidades e agora só participo de algumas competições no Brasil. Ninguém vai poder restituir o que perdi."
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