O ex-prefeito de Mauá Leonel Damo (PV) deve entregar hoje na executiva estadual do partido sua carta de desfiliação da legenda. Damo nega que a medida tenha sido tomada para evitar uma possível expulsão pela sigla, onde enfrentava processo de investigação por supostas irregularidades em seu mandato.

O genro do ex-prefeito, José Carlos Orosco Júnior, explica que não existe nenhuma reunião marcada junto à direção estadual para a entrega do documento, mas com os constantes boatos publicados na imprensa sobre a expulsão de Damo o ex-prefeito não viu outra alternativa para lidar com o caso. "A carta está comigo. vai ser entregue amanhã (hoje). Vamos protocolar no diretório estadual. Não temos mais que avisar nada, as decisões do partido não são avisadas, seguimos a mesma linha."

NOVA DIREÇÃO - A saída de Orosco da presidência do diretório municipal do PV aceleraram o processo de saída do ex-prefeito. O diretório deve ter a direção definida após o feriado.

Orosco, que respondia interinamente como presidente, nega ter recebido comunicado da executiva sobre sua saída, mas confirma que não responde mais como chefe do diretório. "Está nomeada a nova executiva, mas não me informaram quem deve comandá-la. Hoje, respondo apenas como filiado ao partido."

Orosco avisa que mesmo com os problemas, sua mulher, a deputada estadual Vanessa Damo (PV), não deve sair da legenda neste momento. "Vanessa sempre militou pelo PV. A ideia deles é tomar o mandato dela, mas quem tem telhado de vidro, não pode jogar pedra no dos outros. Eles deveriam se preocupar um pouco com a conduta das diretivas do partido", alfineta.

Procurada, a presidente estadual do PV e vereadora de Diadema, Regina Gonçalves, não retornou as ligações do Diário até o fechamento desta edição.