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Veículos participam de rali
Wagner Oliveira
Enviado ao Rio de Janeiro
02/06/2010 | 07:00
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Divulgação


Veículos nacionais mostraram a eficiência do etanol quando a condução é feita com responsabilidade, segurança e técnica. Essa é uma das principais lições a se tirar de um rali de regularidade organizado pelo Challenge Bibendum com a picape Peugeot Hoggar, o Fiat Uno e o importado Smart Fortwo.

Jornalistas brasileiros participantes do evento percorreram trajeto de cerca de 300 quilômetros com apenas meio tanque de etanol. Isso num trecho íngreme na região serrana do Estado do Rio de Janeiro.

O melhor colocado com a picape Hoggar, como motor 1.6, gastou menos de 25 litros para completar o percurso - do Riocentro, na longíqua Zona Oeste do Rio de Janeiro, até Petropólis.

Alguns participantes usaram expedientes que não são comuns no dia a dia, como não ligar o ar-condicionado e trafegar com os carros com os vidros fechados para melhorar a aerodinâmica, ainda que no nível do mar a temperatura estivesse perto dos 30 graus.

Fora esses truques, o álcool provou também ser atualmente a melhor fonte alternativa em termos de energia renovável. Se o carro elétrico é promessa, nós brasileiros temos a oportunidade de estar na vanguarda de um combustível que realmente diminui as emissões durante seu ciclo - desde a plantação da cana-de-açúcar até a combustão no motor.

Mais do que novas tecnologias, os fabricantes e técncios insistem que o futuro da mobilidade humana, e por que não também a atual, depende das atitudes corretas dos condutores de veículos, sejam eles automóveis, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas ou qualquer veículo que transporte pessoas e mercadorias.

"O fim de década traz incertezas e oportunidades, impondo ao mundo o despertar de nova consciência para a sustentabilidade", afirmou o presidente mundial da Michelin, Michel Rollier, em discurso de abertura, do qual participou o presidente Lula.

Na atual edição do Challenge Bibendum, palestrantes e convidados debatem no evento do Rio de Janeiro o renascimento da indústria automotiva após a crise econômica dos últimos anos.

O Challenge Bibendum pretende se fortalecer como evento que envolva pessoas, muitas vezes líderes mundiais em seu campo de especialização, fornecedores de combustível, organizações não-governamentais, institutos de investigação e universidades para reduzir emissões de carbono dos transportes rodoviários e abordar outras questões críticas.

Os ralis e test drives dão aos participantes, mídia e clientes a oportunidade para descobrir as novas tecnologias, tal como foram disponibilizados por meio de inúmeras pesquisas.

Desde a primeira edição do evento, há dez anos, os debates estabeleceram que não existe uma única alternativa para o futuro da mobilidade. É provável que o mundo vá conviver no futuro com múltiplas tecnologias, com variedade de motores e energias: combustão interna, híbridos, células a combustível, elétricos, GNV, gasolina, diesel e solar.

Essa diversidade vem evoluindo e desemboca na criação do downsizing (motores compactos), híbridos, biocombustíveis, células a combustível e baterias de lítio e caminha para resolver a questão do custo-benefício, garantindo escala industrial.

De acordo com organizadores do Challenge Bibendum no Rio de Janeiro, os debates demonstram que a mobilidade moderna, que implica ambiente limpo, seguro e conectado, está ao alcance, desde que todos estejam empenhados em ancalçá-la.




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