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Planejamento garante futuro melhor
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
18/04/2010 | 08:05
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Quem já se preocupa com o valor de sua aposentadoria, sejam os mais jovens ou os mais experientes, e acha que não será suficiente para viver no futuro com esta renda, pode contratar uma previdência privada. Este serviço é um tipo de aplicação em que, no mínimo, 85% do capital investido volta para o contratante. Este retorno pode ser como uma aposentadoria, por meio de parcelas após determinada idade, ou em único pagamento.

De acordo com o professor de Finanças Pessoais da EESP-FGV (Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo) Samy Dana, o consumidor deveria controlar melhor o orçamento e contratar o serviço. "É muito importante em um país como o nosso, em que a previdência pública não é tão satisfatória." Ele comenta que este mecanismo é muito utilizado em outras nações.

Em termos gerais, a previdência privada é um investimento positivo para todas as classes. Isso porque é possível participar com contribuições mínimas de até R$ 50. Também é possível, em determinadas categorias, deduzir 12% da renda bruta no IR (Imposto de Renda). "Mas é preciso se planejar, pois R$ 50 pode parecer pouco, mas para as famílias de baixa renda é muito", destaca o diretor de produtos do HSBC Seguros, Edson Lara.

Outro ponto interessante é a possibilidade de rentabilidade sobre o capital (dinheiro do previdenciário acumulado com a instituição ou empresa financeira gestora). O cliente pode escolher quanto e em quais tipos de investimentos quer aplicado o seu recurso, explica Lara. "Ele pode ser conservador e querer seu dinheiro em títulos do governo, que tem quase risco zero. Tem o moderado, com parte do capital em investimentos de risco. E o agressivo, em que posso colocar até 49% do que ele já pagou em papéis de risco."

FECHADO
A previdência é fechada quando a empresa oferece esta aposentadoria ao funcionário. O empregador paga parte da contribuição mensal. Em alguns casos, todo o valor é de responsabilidade da companhia.

No caso da previdência privada aberta, o consumidor contrata o serviço junto aos bancos ou seguradoras.

Além de abertas e fechadas, atualmente duas modalidades são comuns no mercado. O PGBL (Plano Gerador de Beneficio Livre) é indicado para quem faz a declaração do IR completa, pois é possível deduzir 12% da renda bruta. "Este se encaixa para as pessoas que contribuem acima do teto de isenção do imposto", explica Lara. Este tipo não garante retorno do montante investido e o capital e os rendimentos são tributados.

Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não tem o recurso de dedução do IR. "Esta é mais para o autônomo, que não precisa do benefício fiscal. Em compensação, apenas o rendimento será tributado", destaca Lara.

O professor Samy Dana alerta: "Preste atenção na gestão, para não dar seu dinheiro a um mau administrador. E pesquise as taxas de administração das instituições."


Cálculo do valor das parcelas não depende somente de números
Para calcular qual é o valor ideal para a contribuição mensal da previdência privada, é preciso colocar na balança as possíveis necessidades futuras.

Segundo o diretor de produtos do HSBC Seguros, Edson Lara, o interessante é prever o custo para sobreviver, levanto em conta os valores dos remédios, o gasto com alimentação, moradia e necessidades básicas das pessoas com idade avançada. "Os sonhos também devem entrar na lista", acrescenta. Assim é possível traçar quanto será necessário receber, portanto o montante acumulado e, com base no período de contribuição, o valor das parcelas a serem pagas.

No HSBC, por exemplo, a contribuição no VGBL de R$ 50, por 30 anos, previsão do início da renda aos 60 anos, gera aposentadoria de, aproximadamente, R$ 456,90.

Considerando as mesmas características, a contribuição mensal de R$ 500 resultaria em aposentadoria no valor mensal de R$ 4.616.




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