Os investidores operaram atentos para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que decidiu, logo após o fechamento do pregão, manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 16,5% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado, porém, recebeu muitas críticas.
O mercado de investimentos recebeu mal a declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Maurício Corrêa — que já voltou atrás —, sugerindo o afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, em razão do escândalo envolvendo denúncias contra o ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz. O porta-voz da Presidência da República, André Singer, afirmou que Lula não cogita a hipótese de o ministro-chefe da Casa Civil deixar o governo. Logo após a declaração de Corrêa, a Bovespa despencou.
A Telemar PN, carro-chefe da Bovespa, encerrou com desvalorização de 3,23%, colaborando para a queda da bolsa paulista. Entre as 54 ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores quedas ficaram com a Klabin PN (6,1%) e Telesp Celular Participações PN (5,4%). Já as maiores altas foram da Itaúsa PN (3,7%) e Itaubanco PN (2,8%).
Risco e títulos - O risco-país encerrou o dia em alta de 3,88%, para os 561 pontos-base. Quanto maior é o indicador, mais elevada é a perspectiva do mercado externo de que o Brasil poderá decretar o calote em seus compromissos. Já o C-Bond (principal título da dívida brasileira) registrou desvalorização de 1,36%, cotado a 95,18% do seu valor de face.
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