A maior agência de viagens do País não será vendida. Essa é a resposta anunciada por Guilherme Paulus, presidente do Grupo CVC após a publicação de informações sobre uma suposta negociação com o Carlyle Group.

Segundo reportagem veiculada ontem, o fundo norte-americano pretendia pagar R$ 800 milhões por 63% de participação acionária na agência de viagens que opera há 37 anos no mercado, desde sua fundação no Grande ABC.

No entanto, apesar do interesse da estrangeira, o presidente da CVC garante que não há qualquer negociação em andamento entre as partes. "Essa proposta foi feita pelo grupo em março e foi recusada pela CVC", afirma Paulus. "A CVC não está à venda e nem será vendida." Apesar dessa especulação circular nos mais variados mercados, aparentemente, no setor de turismo não havia muitos personagens apostando na venda da operadora de viagens. Segundo Luiz Vecchia, presidente do Seetur (Sindicato dos Empregados das Empresas de Turismo do Estado de São Paulo), Embora a negociação tenha sido encerrada com a suposta negativa da CVC em março, a notícia tem estado no foco das discussões do setor há cerca de uma semana. Ainda assim, poucos sabem de onde veio a informação. "Por enquanto não foi conversado nada de concreto. Até hoje ninguém sabe de onde veio essa história", afirma Vecchia.

O presidente do Seetur afirma também que não há qualquer clima de mudança entre os funcionários da empresa. "Está tudo normal, não tem nenhum indicativo de mudança na organização", lembra. "A empresa está em pleno progresso."

A CVC Operadora estima movimentar em 2009 R$ 2 bilhões.Criada em 1972 e hoje conta com 320 lojas e 8 mil agências credenciadas.